Lucro da Petrobras cai 89% e fica em R$ 531 milhões no 2º trimestre
A Petrobras encerrou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido de
R$ 531 milhões, queda de 89,3% em relação aos R$ 4,96 bilhões de igual
período do ano passado, informou a empresa.
O balanço da estatal continua sofrendo o impacto do menor preço do
barril de petróleo, que desvaloriza seu principal produto, e também da
venda menor de combustíveis, em função da piora da economia.
A desvalorização do real continua a influenciar o resultado, já que
encarece a dívida da empresa, tomada em sua maior parte em moeda
estrangeira.
A soma de fatores levou a empresa a acumular, no primeiro semestre do
ano, lucro bruto de R$ 5,8 bilhões, queda de 43% em relação aos R$ 10,3
bilhões dos seis primeiros meses de 2014.
RECEITA
Com a queda do preço do petróleo, a receita líquida da Petrobras no
segundo trimestre foi de R$ 79,9 bilhões, queda de 2,7% em relação aos
R$ 82,2 bilhões de igual período de 2014.
A menor produção e também uma menor venda de combustíveis teve impacto na receita.
No semestre, a receita ficou em R$ 154,2 bilhões bilhões, queda de 6% em
relação a primeira metade de 2014, quando foi de R$ 163,8 milhões.
DÍVIDA
A dívida líquida da empresa caiu de R$ 332,45 bilhões no primeiro
trimestre para R$ 323,9 bilhões nos três meses seguintes. A empresa fez
no período captações na China e também com bancos estatais em abril.
HISTÓRICO
É o segundo resultado trimestral apresentado pela nova diretoria,
comandada desde fevereiro por Aldemir Bendine. O impacto da corrupção e
dos desvios investigados pela operação Lava Jato ficou restrito aos
balanços dos últimos trimestres do ano passado e não foi contabilizado
no resultado divulgado.
Em final de abril, a Petrobras divulgou ter tido prejuízo de R$ 21,7
bilhões no ano de 2014, decorrente da baixa em ativos nos valores de R$
6,2 bilhões atribuídos a perdas com corrupção, de R$ 44,6 bilhões em
perdas de valor de ativos mal avaliados e R$ 2,7 bilhões pela
desistência da construção de duas refinarias, no Maranhão e no Ceará.
Esses valores diferem do que a diretoria anterior, comandada por Graça
Foster, havia sugerido como sendo o real impacto dos desvios no balanço
da empresa. Graça Foster deixou a empresa com cinco diretores, depois do
desgaste causado pela divulgação do cálculo de perdas em valores dos
ativos na empresa, de R$ 88,6 bilhões, relativos a corrupção e perda em
valores de projetos. O número acabou não sendo usado.
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