Protestos ligam Lula a esquema de corrupção
Ex-presidente divide com Dilma e PT o posto de principal alvo dos manifestantes; boneco gigante marcou ato na capital federal
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos principais alvos de
protestos no domingo (16.ago.2015) no País. Em Brasília, um enorme
boneco inflável dele vestido com uniforme de presidiário foi levado até a
Esplanada dos Ministérios. Nas demais capitais e em cidades do
interior, faixas e cartazes responsabilizavam Lula pela crise e o
associavam ao esquema de corrupção da Petrobrás, investigado pela
Operação Lava Jato.
Boneco inflável foi um dos destaques das manifestações |
Na avenida Paulista, epicentro dos protestos em São Paulo, as palavras
de ordem contra Lula foram muitas. Muitos participantes levantaram
cartazes e faixas com imagens dele vestido de presidiário e entoaram
palavras de ordem acusando o ex-presidente de ser “chefe de quadrilha”,
“bandido” e “corrupto”. O ex-presidente Lula, conforme já afirmou o
Ministério Público, não é um dos investigados pela Lava Jato.
No carro de som da Aliança dos Grupos Democráticos, organização que
reúne diversos grupos anti-Dilma, Lula foi chamado de “ladrão” por
diversos oradores, que entoaram o mote: “O povo anseia, Lula na cadeia”.
“A indignação com o ex-presidente está cada vez mais forte. O nome dele
foi citado em quase todos os discursos”, diz Carla Zambelli, porta-voz
da Aliança. “Nós defendemos que o Lula vá para a cadeia”, completou
Marcelo Reis, líder do Revoltados On Line.
Como contraponto, também em São Paulo, um grupo de militantes petistas e
sindicalistas promoveu uma “vigília” em defesa de Lula em frente ao
instituto que tem o nome dele, no bairro do Ipiranga, zona sul.
Em Brasília, o boneco “Lula Inflado” teve perfis criados no Twitter e no
Facebook e virou “meme” na internet, com diversas fotomontagens
humorísticas. Entre elas, uma na qual aparece ao lado dos
“bebês-mamíferos” da Parmalat e outra entre princesas da Disney. No
perfil do Twitter, “Lula Inflado” está em uma foto com o governador de
Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT).
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