Carta-renúncia de Dilma está pronta, dizem fontes do Planalto
Foto oficial de Dilma Rousseff |
Apesar de ter declarado que “suporta a pressão”, a presidente Dilma já
teria preparado uma carta-renúncia. Fontes do Palácio do Planalto
garantem que a redação da carta não foi um ato solitário, como é comum
nesses casos: Dilma teria contado com a ajuda de dois dos seus ministros
mais próximos, Aloizio Mercadante (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo
(Justiça), apesar de ambos serem contrários à ideia.
Confirmada a renúncia de Dilma, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumiria imediatamente o comando do Executivo.
A presidente Dilma passou a trabalhar na minuta da carta-renúncia na
terça-feira (04.ago.2015), ao perceber a incapacidade do governo de
impedir derrotas no plenário da Câmara, na “pauta-bomba” e na votação do
seu próprio impeachment. A decisão surpreendeu os dois ministros
solicitados a ajudá-la no texto, que lhe pediram uma chance de reverter a
crise. Chamaram o vice Michel Temer, como sempre. O grupo dividiu
tarefas e na quarta-feira (05.ago.2015) iniciou um esforço para tentar
reverter o quadro.
Sentindo-se pressionado a mostrar que não conspira pela saída Dilma,
Michel Temer fez um apelo tão apressado quanto dramático à “união”.
O apelo de Michel Temer à oposição de unir forças “para superar a crise”
já fazia parte do script, mas quando a renúncia fosse confirmada.
Além da renúncia, há outras hipóteses para a saída de Dilma: ação na
Justiça Eleitoral e representação da oposição por crime financeiro.
A ação eleitoral por financiamento ilegal de campanha pode culminar no
cancelamento do registro da chapa. Assim, cairiam Dilma e Temer.
Se prosperar a representação da oposição na Procuradoria-Geral da
República por crimes financeiros, Dilma também poderia ser cassada.
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