O PESO DO DESEMPREGO
Seguro ajuda a pagar contas de quem perde o emprego
A crise econômica e o aumento do desemprego levaram o mercado de seguros a apostar em apólices específicas destinadas a evitar a inadimplência em caso de perda de emprego.
Esses produtos não cobrem o salário perdido, mas pagam contas como mensalidade escolar ou aluguel por tempo determinado.
"Em momentos de instabilidade financeira, as pessoas costumam pensar mais nesse tipo de seguro para proteger a família", afirma Karina Massimoto, da seguradora BB Mapfre.
Os produtos brasileiros mais comuns destinam-se ao pagamento de determinadas dívidas e despesas, como aluguel, empréstimos e mensalidades escolares. São conhecidos como seguros prestamistas e foram popularizados na venda pelo crediário das lojas de varejo.
Há opções para assalariados e autônomos.
A cobertura inclui assistência para recolocação profissional, com ajuda na elaboração e na distribuição de currículo.
O prêmio (valor pago à seguradora) varia de acordo com a mensalidade e com o período contratado.
Outra aposta do setor é o seguro que prevê o pagamento de aluguéis. Nesse caso, a seguradora deve ser parceira de uma imobiliária.
Segundo Patrick Paiva, gerente da Icatu Seguros, o número de parcelas pagas e o valor do aluguel são limitados por contrato. "Quanto mais longa é a cobertura, mais caro é o seguro", afirma.
Mais comuns são os seguros atrelados a um empréstimo. Neste caso, se o trabalhador perder a renda, a seguradora pagará o saldo.
Tem seguro de vida com cobertura para incapacidade temporária que é válido por um período limitado de dias de afastamento do trabalho.
Uma nova opção é o seguro que protege o próprio seguro. Em caso de desemprego ou perda da renda, a seguradora quita as parcelas restantes do seguro, afirma Michele Borba, da Zurich.
Há ainda seguros prestamistas contratados com concessionárias de luz, água ou telefonia e que permite a quitação de mensalidades em caso de desemprego.
CARÊNCIA — A oferta privada ajuda a preencher a carência de um seguro de renda público abrangente no caso de demissão (o seguro-desemprego oferecido pelo governo possui teto de compensação e há limitação de parcelas).
Inadimplentes já somam 56,4 milhões no paísA crise econômica e o aumento do desemprego levaram o mercado de seguros a apostar em apólices específicas destinadas a evitar a inadimplência em caso de perda de emprego.
Esses produtos não cobrem o salário perdido, mas pagam contas como mensalidade escolar ou aluguel por tempo determinado.
"Em momentos de instabilidade financeira, as pessoas costumam pensar mais nesse tipo de seguro para proteger a família", afirma Karina Massimoto, da seguradora BB Mapfre.
Os produtos brasileiros mais comuns destinam-se ao pagamento de determinadas dívidas e despesas, como aluguel, empréstimos e mensalidades escolares. São conhecidos como seguros prestamistas e foram popularizados na venda pelo crediário das lojas de varejo.
Há opções para assalariados e autônomos.
A cobertura inclui assistência para recolocação profissional, com ajuda na elaboração e na distribuição de currículo.
O prêmio (valor pago à seguradora) varia de acordo com a mensalidade e com o período contratado.
Outra aposta do setor é o seguro que prevê o pagamento de aluguéis. Nesse caso, a seguradora deve ser parceira de uma imobiliária.
Segundo Patrick Paiva, gerente da Icatu Seguros, o número de parcelas pagas e o valor do aluguel são limitados por contrato. "Quanto mais longa é a cobertura, mais caro é o seguro", afirma.
Mais comuns são os seguros atrelados a um empréstimo. Neste caso, se o trabalhador perder a renda, a seguradora pagará o saldo.
Tem seguro de vida com cobertura para incapacidade temporária que é válido por um período limitado de dias de afastamento do trabalho.
Uma nova opção é o seguro que protege o próprio seguro. Em caso de desemprego ou perda da renda, a seguradora quita as parcelas restantes do seguro, afirma Michele Borba, da Zurich.
Há ainda seguros prestamistas contratados com concessionárias de luz, água ou telefonia e que permite a quitação de mensalidades em caso de desemprego.
CARÊNCIA — A oferta privada ajuda a preencher a carência de um seguro de renda público abrangente no caso de demissão (o seguro-desemprego oferecido pelo governo possui teto de compensação e há limitação de parcelas).
O Brasil tem 56,4 milhões de inadimplentes, com dívidas que, somadas,
totalizam R$ 243 bilhões, segundo levantamento da Serasa Experian de 30
de junho deste ano.
É o maior patamar de inadimplência registrado pela empresa na comparação semestral do cadastro, iniciada em junho de 2012.
Os dados mostram que 2,3 milhões de consumidores a mais ingressaram no
cadastro da Serasa em relação a 30 de junho de 2014, quando somaram 54,1
milhões.
São consumidores que não conseguiram pagar dívidas bancárias
(financiamento de carros, imóveis etc.) ou contas de luz, água,
telefonia, além das feitas no varejo.
A empresa decidiu neste ano mensurar os dados de inadimplência no último
dia de cada trimestre e fazer as comparações do cadastro de forma
semestral.
Mas, se consideradas as metodologias anteriores, o número de junho deste
ano quase encosta no maior já registrado: 57 milhões em 31 de agosto de
2014. Na ocasião, dois bancos haviam fornecido novos dados de devedores
à Serasa, o que pode ter ajudado a elevar o patamar.
Pesquisa feita pela empresa com 1.274 consumidores mostrou que, para 64%
deles, o desemprego e o aumento do custo de vida dificultaram o
controle das finanças.
Entre os entrevistados, a maior parte (55,3%) diz que corta despesas
quando falta dinheiro ou pede ajuda a familiares e amigos (16,3%). Mas
um grupo significativo admite recorrer ao aumento das dívidas ou à
inadimplência: 13,7% disseram que não pagam o total de sua fatura de
cartão de crédito, 7,69% recorrem ao cartão de crédito e 6,99% seguem
consumindo e deixam de pagar contas.
Com a alta do desemprego e dos juros, o número de inadimplentes deve continuar subindo, segundo a Serasa.
Em maio deste ano, 14 milhões de cartas com aviso sobre atraso no
pagamento foram enviadas, o maior número em 12 meses. Na média, as
empresas negociam o pagamento das dívidas por 60 dias e então pedem à
Serasa que envie aviso ao consumidor. Caso ele não pague, seu nome é
incluído na lista suja.
O número de consumidores que buscam renegociar suas dívidas pela
internet também vem crescendo. De janeiro a julho deste ano, 9,6 milhões
acessaram o serviço gratuito "Limpa Nome Online," da Serasa, um aumento
de quase 55% na procura.
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