Em vídeo, Dilma e Lula reconhecem gravidade da crise
A presidente Dilma Rousseff e o antecessor Luiz Inácio Lula da Silva
usam a propaganda eleitoral do PT para reconhecer a gravidade da crise
econômica e prometer que o país vai voltar a crescer.
Os vídeos de 30 segundos serão levados ao ar em inserções do partido na
televisão. O de Lula será veiculado a partir da noite de sábado
(22.ago.2015) e o de Dilma, a partir da próxima terça-feira
(25.ago.2015).
Dilma afirma que "muita coisa precisa melhorar" e depois defende as medidas de seu governo como meio de reaquecer a economia.
"Tem muito brasileiro sofrendo, mas juntos vamos sair dessa. Estamos em
um ano de travessia. E essa travessia vai levar o Brasil a um lugar
melhor. Estamos atualizando as bases da economia e vamos voltar a
crescer com todo o nosso potencial", diz ela, na aparição.
O vídeo protagonizado por Lula tem o teor idêntico – "situação não está fácil" e o Brasil vai superar "mais essa" crise.
Ao pintar um cenário otimista para o futuro, Lula cita diretamente os
problemas econômicos responsáveis por parte da alta impopularidade da
sucessora e afilhada política no presente (apenas 8% da população
aprovam seu governo, segundo pesquisa de opinião).
"Vamos controlar a inflação, gerar empregos e derrotar o pessimismo.
Pode ter certeza, o Brasil vai voltar a crescer", disse o ex-presidente.
Nesta semana, os números do IBGE mostraram a deterioração da situação do emprego e a economia patinando em uma inflação alta.
Na quinta-feira (20.ago.2015), a Pesquisa Mensal de Emprego mostrou que
taxa média de desemprego de 7,5%, inédita no mês de julho desde de 2009 –
ano em que o país enfrentou uma recessão. Em julho de 2014, o
desemprego foi de apenas 4,9%.
Na sexta-feira (21.ago.2015), a prévia da inflação oficial desacelerou
em agosto: o IPCA-15 ficou em 0,43% neste mês. A prévia caiu em relação a
julho (0,59%), mas o acumulado em 12 meses foi a 9,57%.
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