Boneco inflável de Lula vira febre e vai circular em protestos pelo país
Ícone dos protestos de domingo (16.ago.2015) contra a presidente Dilma
Rousseff, o boneco inflável do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
ganhou status de celebridade.
Em menos de 48 horas desde sua primeira aparição, durante ato em
Brasília, o personagem com roupa de presidiário virou febre nas redes
sociais e fará turnê pelo país.
'Pixuleko' o boneco inflável gigante, de 12 m, do ex-presidente Lula, em frente ao Congresso, em Brasília |
A alegoria de plástico, que já tem mais de 7,5 mil seguidores na rede
social Twitter, foi batizada de "Pixuleko" — referência ao termo usado
pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto para se referir a propina,
segundo o empreiteiro Ricardo Pessoa, delator da Operação Lava Jato.
A alcunha foi escolhida por votação interna do Movimento Brasil, grupo
que criou o boneco e ajudou a organizar o protesto na capital federal.
Agora que "Pixuleko" ganhou fama, a intenção é emprestar o boneco de 300
quilos e 12 metros de altura a outros grupos que queiram utilizá-lo em
atos pelo país contra o Planalto.
"Não tem programação, vamos fazer por votação interna entre as cidades
que quiserem recebê-lo", explicou Ricardo Honorato, integrante do
Movimento Brasil e responsável por hospedar o boneco de plástico em
Brasília.
Quando conceberam o "Pixuleco", há três meses, a ideia do grupo era criar uma imagem emblemática contra a corrupção. Funcionou.
Uma empresa de São Paulo aceitou confeccionar o boneco por R$ 12 mil.
"Até agora, foi pago R$ 7.200", explicou Honorato, que tem arrecadado
dinheiro de empresários simpáticos à causa.
Ricardo Honorato posa ao lado de 'Pixuleko', boneco inflável do ex-presidente Lula |
"Pixuleko" chegou a Brasília na última sexta-feira (14.ago.2015), escondido em um saco plástico, transportado em um ônibus.
"Foi meio assustador ter mantido um bandido na garagem da minha casa", brinca Honorato.
A ideia era que "Pixuleko" ficasse por algum tempo em Brasília, não
fosse por um incidente: um furo no peito do boneco inflável, durante o
protesto, o obrigou a retornar na terça-feira (18.ago.2015) a São Paulo
para reparos.
O revés na curta carreira pode não ser, contudo, o primeiro. Como a
maioria das celebridades instantâneas, o boneco inflável deve ser
obrigado em breve a dividir holofotes.
"Nós pensamos em fazer também outras autoridades em bonecos de plástico para futuros protestos", adianta Honorato.
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