quinta-feira, 31 de julho de 2014


Embate na saúde
Sindicato Médico insiste: "RS perdeu 11 mil leitos hospitalares em 20 anos"

Paulo  Argollo  Mendes
Uma campanha recém-lançada pelo Sindicato Médico do Estado (Simers) suscitou debate sobre a gestão da saúde. Nos últimos 20 anos, segundo a entidade, o SUS teria perdido 11 mil vagas no Rio Grande do Sul. O número total de leitos é baseado em dados do Ministério da Saúde e inclui os complementares – de UTI, de isolamento e cuidados intermediários. O problema é que, segundo a assessoria de imprensa do ministério, os dados anteriores a 2004 computam leitos que sequer existiam ou que eram contabilizados duas vezes.
Embora sem grande discrepância, os dados referentes ao período de 2005 a 2014 fornecidos pelo ministério, pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) e pelo Simers também divergem.
A SES destaca que o número de leitos do SUS cresceu nos últimos três anos, mas a secretária Sandra Fagundes admite que, entre 1993 e 2003, havia leitos só no papel no Estado. Presidente do Simers, Paulo de Argollo Mendes diz que o fato de os números anteriores a 2003 não serem considerados pelo ministério é parte de uma "maquiagem pré-eleitoral".
— O ministério divulgou isso durante 20 anos e, neste período, eram informações corretas. Nunca ninguém disse que não eram. Agora, vem essa maquiagem. O ministério tenta se desdizer. Como vamos acreditar se mesmo diz que a versão anterior era equivocada? — questiona.
Argollo observa que, para um atendimento satisfatório, seria necessário "dobrar o número de leitos". O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremers), Fernando Weber Matos, diz haver déficit de 10 a 12 mil leitos no Rio Grande do Sul:
— Por isso, estamos com hospitais superlotados e pacientes nos corredores esperando tratamento.
A SES rebate. A Secretaria Estadual de Saúde divulgou, a partir de dados do Ministério da Saúde, que o Estado tem índice de 2,82 leitos de internação para cada mil pessoas, o que o coloca em primeiro lugar no ranking nacional. O número atende aos parâmetros do órgão federal, apesar de ficar abaixo do limite da Organização Mundial da Saúde (OMS), de três a cinco leitos por mil habitantes. A projeção da secretaria é de que, em um ano e meio, cerca de mil novos leitos sejam incorporados ao SUS, incluindo ampliações de unidades já existentes e a construção de novos hospitais em Gravataí e Alegrete.

Para Simers e Cremers, falta de estrutura resulta
em hospitais superlotados


Ministério Público investiga denúncia de contaminação em Erva Mate



Desvios de precatórios no Estado Gaúcho podem chegar a R$ 100 milhões

Não é possível afirmar que mais pessoas participaram,
diz Herbstrith

A Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre identificou fraudes de mais de R$ 35 milhões envolvendo precatórios no Rio Grande do Sul. A prática, que, segundo o promotor Ricardo Herbstrith, é antiga, podendo elevar a quantia desviada a R$ 100 milhões, foi denunciada para o Ministério Público em abril de 2013, e a investigação se desenrola desde então.
Em março deste ano, foram realizadas buscas e apreensões e a denúncia foi formalmente apresentada pelo órgão contra 12 pessoas – uma delas era funcionária do Setor de Precatórios do Tribunal de Justiça, mas já está exonerada do cargo. Os envolvidos são acusados de formação de quadrilha, estelionato, corrupção passiva, corrupção ativa, uso de documento falso, violação de sigilo funcional e falsidade ideológica.
As investigações identificaram a ação de dois núcleos no desvio de precatórios no Estado. Um deles, composto por seis dos denunciados, era responsável por negociar a venda de precatórios, usando procurações falsas para repassar os créditos. O valor fraudado por esse grupo de pessoas, segundo a investigação do MP, foi de R$ 26 milhões. Os outros seis envolvidos, além desses crimes, estavam vinculados a uma funcionária do Tribunal de Justiça (hoje, exonerada). Era ela quem vendia informações sigilosas em relação aos credores de precatórios. Esse segundo núcleo falsificava documentos e assinaturas e fraudou R$ 11,6 milhões.
O promotor explica que, além da ex-funcionária da Justiça, os demais envolvidos também atuavam no ramo. “Tinha advogados, de tudo ali, mas eram basicamente pessoas que conheciam os processos e que vendiam e compravam precatórios.” Herbstrith diz que ainda não é possível afirmar que mais pessoas participaram dos desvios.
Para o presidente da Frente Parlamentar de Precatórios da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Frederico Antunes (PP), “esse sempre foi um sistema muito frágil, desde o manuseio até o cumprimento do pagamento do precatório”. O parlamentar destaca que a morosidade e a desorganização são os principais pontos de fragilidade, pois geram espaço para que os créditos dos precatórios sejam comercializados. “Nós sempre chamamos atenção para isso, porque qualquer fuga, qualquer desvio, é penalização para quem está aguardando para receber.”


Felipão é recebido com festa 
na Arena do Grêmio




Nacionalismo canhestro

Merval Pereira
De duas, uma: ou há uma conspiração internacional contra o Brasil, ou o governo brasileiro está flertando perigosamente com o perigo, alheio às advertências que partem de todos os lados sobre as fragilidades de nossa economia.
Ontem, foi o Fundo Monetário Internacional (FMI) que colocou o país entre as cinco economias mais vulneráveis do mundo, ao lado de Índia, Turquia, Indonésia e África do Sul.
Também a agência de classificação Moody’s divulgou um relatório no qual afirma que a Petrobras é, entre as empresas petrolíferas da América Latina, a que corre o maior risco financeiro porque está sendo usada politicamente para segurar a inflação com o represamento dos preços de combustíveis no país.
E o que respondem nossos dirigentes? Ao mesmo tempo em que vibram com a derrota política que impuseram ao banco espanhol Santander, tratam de declarar platitudes, à espera de que as coisas melhorem por si, sem demonstrar a menor intenção de fazer mudanças no rumo tomado. Ao contrário, consideram que não há o que mudar.
A única concessão feita pela presidente Dilma foi admitir que o ex-presidente Lula errou ao julgar que a crise financeira que estourou em 2008 chegaria ao Brasil como uma “marolinha”.
A presidente Dilma mais uma vez considera “inadmissível” o pessimismo em relação à economia brasileira, e compara-o ao pessimismo sobre a Copa no Brasil. Para Dilma, não há necessidade de mudanças. Ela nega que a inflação no país esteja “descontrolada”.
Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o FMI comete o mesmo equívoco de outros organismos no passado, quando afirmaram que o Brasil estaria entre as cinco economias mais frágeis.
Segundo o ministro, “ninguém mais falou nesse assunto e nada aconteceu”. Para ele, uma instituição financeira respeitável não faria uma análise dessas.
Pois foi a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, que comentou ontem o relatório sobre o Brasil, reiterando que há 15 meses o FMI vem repisando “as mesmas fortes recomendações para que reformas estruturais sejam feitas, gargalos sejam reduzidos na economia e que o potencial, a capacidade de o Brasil entregar crescimento seja liberada. E isso não vem sendo feito”.
Lagarde repetiu que o receituário para superar os obstáculos, é único: reformas estruturais, conserto dos problemas macroeconômicos como inflação alta, déficits em contas externas, desequilíbrios fiscais.
A previsão do FMI é a de que o país será afetado duramente pela retirada de estímulos e pelo aumento de juros, especialmente nos Estados Unidos, se os emergentes continuarem crescendo abaixo do esperado, como ocorre há três anos.
A queda dos preços das commodities é outro fator que pode complicar a vida dos emergentes, alerta o FMI. Já a agência Moodys destaca que a estatal irá enfrentar também “riscos políticos substanciais”, pois está “cerceada pelas políticas de preços para gasolina e óleo diesel”.
A Moody’s ressalta ainda que o cenário macroeconômico do país tem “desacelerado” desde a crise de 2009. A expectativa da agência é de crescimento de apenas 1,5% no PIB brasileiro, o que é uma previsão otimista, tendo em vista que a pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central, já está em 0,9%.
O tal mercado financeiro está cheio de dúvidas e de advertências à política econômica do governo brasileiro, e nossas autoridades brincam de um nacionalismo canhestro, como se mobilizar sindicatos e militantes políticos para demitir analistas de mercado e desmoralizar banqueiros internacionais fosse melhorar a situação de nossa economia.


Aécio admite ter pousado em 
aeroporto de Cláudio
Tucano admite que utilizou pista não homologada de Cláudio 
feita em área que era de tio-avô

Aécio  Neves   (PSDB)

Cerca de dez dias após a revelação de que o governo de Minas, durante sua gestão, construiu um aeroporto em área desapropriada de um parente seu, em Cláudio (MG), o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves (PSDB), admitiu pela primeira vez que utilizou a pista.
O aeroporto - localizado em área que pertencia ao tio-avô do tucano, Múcio Tolentino, a 6 km de uma propriedade de Aécio e familiares - não tem homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e, por isso, só poderia ser usada por helicópteros, e não por aviões.
"Este é um equívoco e eu quero reconhecer", afirmou Aécio em entrevista no seu gabinete no Senado, um dia após reportagem mostrar que um documento produzido pela equipe de campanha do PSDB admite que o tucano utilizou o aeroporto. O texto preparado pela campanha tucana falava em "voos ocasionais", feitos em conformidade com a lei.
 O candidato disse que, como governador, usou "algumas poucas vezes" a pista em avião da família e "nunca oficial". A obra do aeroporto - que custou R$ 13,9 milhões -, iniciada quando Aécio exercia o segundo mandato de governador, em 2009, e concluída após sua renúncia para se candidatar ao Senado, em 2010. Em 1983, quando Minas era governada pelo avô do tucano, Tancredo Neves, o Estado construiu uma pista de terra para aviões na fazenda de Múcio, cunhado do então governador.
"Não tenho nada a esconder. Usei várias vezes desde a minha juventude, quando ainda era pista de terra. Depois da conclusão da obra, quando eu não era mais governador, usei algumas poucas vezes (a pista) em avião da minha família, nunca oficial", disse Aécio. "Reconheço que errei em não ter me preocupado em averiguar qual era o estágio em que a homologação estava."
O candidato voltou a defender a "necessidade econômica" da obra para a região e negou que o investimento de R$ 14 milhões na pavimentação da pista tenha sido feito em benefício próprio. Aécio é questionado desde o início da crise sobre se havia usado o local em suas idas à fazenda que, segundo ele, pertence ao espólio de sua avó, Risoleta, viúva de Tancredo e irmã de Múcio.

TÁTICA
O mea culpa de Aécio é uma estratégia para tentar encerrar o assunto que vem perseguindo o candidato nos encontros com jornalistas.
Aliados de Aécio defendiam que o candidato respondesse antes a esta pergunta. O comitê avalia que as respostas sobre a obra em si foram rápidas e convincentes, mas a atitude de não dizer se havia usado ou não a pista prolongou a crise. Pelas regras da Anac, quem deve saber se o uso do local é regular ou não é a empresa que fornece a aeronave a um cliente ou o piloto que a opera. Em caso de irregularidade, a pena é multa de no máximo R$ 10 mil por operação.
Aécio afirmou que "não houve nenhuma ilegalidade na construção do aeródromo", mas reconheceu como "erro absurdo" as chaves de acesso à pista estarem nas mãos de "cinco ou seis pessoas", como noticiado pela primeira reportagem sobre o caso. O tucano atribuiu essa situação à prefeitura de Cláudio.
"Demorei exatamente porque, para mim, o essencial era que a acusação grave e frontal que me foi feita ficasse esclarecida", disse. "Não houve benefício de parente. Ao contrário, não estaria o antigo proprietário questionando (o valor da indenização)."


O Caso Pasadena


Pai de Neymar é convocado 
para depor na Espanha

Neymar e seu Pai

A Justiça da Espanha determinou que o pai de Neymar seja ouvido como testemunha do processo que investiga se houve evasão fiscal na contratação do craque brasileiro como reforço do Barcelona, há ano. Neymar pai está no centro das investigações porque ele teria recebido boa parte do dinheiro gasto pelo clube para contratar o jogador, numa transação descrita como aquisição da preferência de compra.
Pela decisão do juiz Pablo Ruz, Neymar pai vai ter que se apresentar para depoimento no próximo dia 1.º de outubro, quando o diretor financeiro do Barcelona, Néstor Amela, também será ouvido.
O magistrado espanhol também exige que Neymar pai apresente toda a documentação referente aos contratos assinados com o Barcelona, especialmente com relação aos pagamentos variáveis e reembolso de gastos assumidos pelo clube junto a Neymar, sua família e staff profissional. Quer saber, por exemplo, se o Barça paga moradia e transporte como parte do salário e se isso é declarado ao fisco espanhol.
A lista de documentos cobrados por Pablo Ruiz é ampla e inclui o contrato de direitos de imagem de Neymar e a data em que o Barça efetuou o depósito de 900 mil euros ao jogador pela temporada 2013/2014. No total, o clube espanhol teria desembolsado 57,1 milhões de euros no ano passado para ter o ex-jogador do Santos.


Imprensa é ameaçada por ativistas 
no Rio de Janeiro

Os profissionais da imprensa do Rio de Janeiro, principalmente cinegrafistas e fotógrafos, voltaram a ser ameaçados por manifestantes.



Carreira policial no Brasil é insatisfatória

As dificuldades de ser policial no Brasil. O descontentamento com a corporação e com a carreira atinge mais da metade do contingente. Entre os motivos da insatisfação estão os baixos salários, leis inadequadas e corrupção.



União Europeia libera 2 milhões de euros para combater ebola na África

Enfermeira espalha desinfetante em um Hospital
nas proximidades de Monrovia, na Libéria

A União Europeia (UE) anunciou uma nova ajuda de 2 milhões de euros para a luta contra o ebola nos países da África Ocidental. "O nível de contaminação é extremamente preocupante e devemos aumentar nossa ação antes que mais vidas sejam perdidas", afirmou em comunicado Kristalina Georgieva, responsável pelo setor de ajuda humanitária da UE.
A nova parcela se soma aos 3,9 milhões de euros que o bloco destinou à causa entre abril e junho. Três entidades vão coordenar a ajuda: Organização Mundial da Saúde (OMS), que fornece equipamentos e assessoria; Médicos Sem Fronteiras, responsável pelo apoio clínico para isolar e conter a epidemia; e Cruz Vermelha, encarregada das medidas preventivas.
A atual epidemia começou em março na Guiné e, em maio, espalhou-se para Libéria e Serra Leoa. Na semana passada foi confirmado o primeiro caso na Nigéria. Mais de 1.000 pessoas foram infectadas e pelo menos 660 morreram, entre elas o médico que liderava o combate à doença na Libéria, morto no sábado (26), e o que chefiava o combate à moléstia em Serra Leoa, na terça-feira (29).

Mundo — A OMS considera baixo o risco de contágio entre pessoas que viajam a regiões endêmicas, já que a transmissão do vírus acontece a partir do contato com fluidos corporais dos doentes, e não pelo ar.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que o governo brasileiro segue as recomendações da OMS — não há indicação para que pessoas deixem de viajar a países endêmicos. "A situação nesses países se agrava pois são regiões em conflito, aonde os profissionais de saúde muitas vezes têm dificuldades para chegar. Mas, pelas características de transmissão da doença, não há risco de disseminação global", afirmou Chioro.


Depressão pós-parto surge após um mês

A ginecologista Ana Lucia Beltrame explica como diagnosticar e tratar a depressão pós-parto. A médica explica que o blues puerperal, ou seja, a tristeza, irritabilidade e o cansaço que a mulher tem após o parto é comum e passa. Já a depressão pós-parto, aparece depois de um mês do nascimento.
Sobre a depressão pós-parto, a dra. Ana Lucia Beltrame explica que a mulher perde o desejo sexual no quadro depressivo. A médica também explica que o bebê sente o estado depressivo da mãe e isso pode atrapalhar o vínculo entre mãe e filho.




Nova técnica para operar a coluna alivia a dor após descomprimir vértebras

Uma nova técnica para operar a coluna promete aliviar a dor de mais de 5,5 milhões de pessoas que sofrem de hérnia de disco no Brasil, segundo o IBGE. A cirurgia descomprime as vértebras, usa anestesia local e tem uma cicatriz quase invisível. O novo procedimento foi acompanhado por médicos de todo o país, que assistiram a cirurgia por um telão em um hospital em São Paulo.



Argentina em 'default seletivo'

A agência de classificação de risco Standard & Poor's declarou a Argentina em "moratória seletiva".



Argentina não chega a acordo com fundos

A Argentina e os fundos especulativos não chegaram a um acordo pela disputa em torno da dívida soberana.



Rússia adota atitude desafiadora 
diante de sanções

A Rússia adotou uma atitude desafiadora diante das sanções determinadas pela União Europeia e pelos Estados Unidos. As medidas mais severas contra Moscou desde a Guerra Fria foram motivadas pela crise na Ucrânia.



Embaixada dos EUA suspende emissão de vistos e recomenda adiamento de viagens
Não há previsão de quando o serviço voltará a funcionar; nota divulgada pelo site do órgão alerta que se trata de problema mundial


O serviço de emissão de vistos americanos em todo o mundo está suspenso por problemas técnicos. Por causa disso, a Embaixada dos Estados Unidos divulgou um comunicado em que pede aos brasileiros que não têm visto e planejam uma viagem para as duas próximas semanas para adiar a visita.
“O Bureau de Assuntos Consulares do Departamento de Estado está enfrentando problemas técnicos com o seu sistema de passaporte e visto. Estamos operando com capacidade reduzida e será assim até que os documentos atrasados sejam processados”, diz o texto oficial. “O problema é mundial e não é de um país, ou documento de cidadania, ou categoria de visto em especial.”
No entanto, o atendimento nos Centros de Atendimento ao Solicitante de Visto (Casv), onde se faz a primeira etapa da documentação, não é afetado pela suspensão. Os agendamentos podem ser feitos normalmente nos Casv de Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Recife e Belo Horizonte.
O problema teve início após uma falha na semana passada na rede de transmissão de dados, que estava sendo alterada para racionalizar o sistema e torná-lo mais rápido. Os técnicos ainda buscam corrigir a falha, mas sem previsão de quando isso ocorrerá. Por essa razão, algumas embaixadas ou consulados poderão diminuir o número de entrevistas ou promover um reagendamento nos próximos dias.

Números
Em junho, mesmo durante a Copa do Mundo no Brasil, a Missão Diplomática dos Estados Unidos processou mais de 87 mil vistos - avanço de 4% em relação ao mesmo mês de 2013. Em São Paulo, a média de solicitações por dia foi de 2.533. O tempo médio de espera pelo agendamento é atualmente de 48 horas.
Em todo o primeiro semestre, foram emitidos 525.358 documentos, segundo a Missão Diplomática dos Estados Unidos. A maioria foi solicitada no consulado de São Paulo (281 mil), seguido de Rio, com 136 mil, e Brasília, com 62 mil.
Entre janeiro e dezembro de 2013, 1.057.854 vistos foram emitidos a brasileiros viajando para os Estados Unidos. Foi o segundo ano consecutivo em que se ultrapassou a marca de 1 milhão de documentos.


Imigrantes ilegais são recebidos 
sob aplausos nos EUA

Os imigrantes, a maioria mulheres e crianças, são recebidos sob aplausos em uma paróquia em Mcallen, no Texas, nos Estados Unidos. O abrigo temporário para quem fugiu da violência e da extrema pobreza de alguns países da América Central oferece roupas, comida e ajuda para seguir caminho no país. Mas o local é temporário. Esses imigrantes foram liberados da cadeia sob condição de se apresentarem à justiça que decidirá quando ou se serão deportados.



Estados Unidos reabastecem 
armamentos de Israel

Soldado israelense carrega projétil na fronteira com a Faixa de Gaza.

Os Estados Unidos permitiram que Israel — atualmente envolvido na ofensiva militar na Faixa de Gaza — utilizem granadas e morteiros de um arsenal americano. Os armamentos estão em território israelense, e fazem parte de um programa comandado pelos Estados Unidos nos países aliados, que podem usá-los em situações de emergência.
Israel não alegou situação de emergência ao fazer seu último pedido de fornecimento de equipamento militar aos Estados Unidos, no último dia 10, mas conseguiu acesso ao arsenal para usar granadas e morteiros. “Eles (Israel) não pediram, mas lhes demos esses armamentos para que pudéssemos renovar nosso estoque”, afirmou um funcionário do Departamento americano de Defesa, que confirmou que outros pedidos israelenses por munição americana também estariam sendo conduzidos nos Estados Unidos. O funcionário da Defesa, não deu maiores detalhes sobre a natureza dos pedidos.
A embaixada israelense em Washington se recusou a comentar sobre os pedidos de fornecimento de armamento.
Paralelamente, no Congresso americano, legisladores buscam transferir milhões de dólares em financiamento adicional ao escudo antimísseis israelense conhecido como Domo de Ferro, e o Senado acrescentou US$ 225 milhões para o escudo israelense a um projeto de lei destinado a recolher fundos para o controle de imigrantes ilegais na fronteira com o México.


43 milhões de eleitores 
não têm ensino fundamental
Segundo o TSE, a maioria dos votos (30%) virá de pessoas 
que não completaram o ensino básico


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou o perfil dos 142,8 milhões eleitores aptos a votar nas eleições de outubro. Segundo os dados, a maioria do eleitorado tem ensino fundamental incompleto, faixa que representa 30,2% (43,1 milhões). Em comparação a pleitos anteriores, o número ficou estável.
O levantamento também mostra que 12% dos eleitores (17,2 milhões) apenas leem e escrevem. Analfabetos somam 5% (7,3 milhões). O percentual de eleitores que não terminou o ensino médio é 19,2% (27,4 milhões). Em seguida, aparecem aqueles que conseguiram terminar essa etapa de ensino, 16,6 % (23,7 milhões). Somente 5,5% dos eleitores (7,9 milhões) concluíram curso superior. Na comparação com os dados das eleições de 2008, 2010 e 2012, os todos os números ficaram estáveis.
Nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul, o percentual de eleitores com ensino fundamental completo varia entre 28 % e 33%. A pesquisa é feita com base nas informações que o eleitor presta à Justiça Eleitoral quando se cadastra para votar.
De acordo com os números divulgados pelo TSE, o eleitorado brasileiro cresceu 5,17% nos últimos quatro anos, saltando de 135.804.433 votantes, em 2010, para 142.822.046, aumento de cerca de 7 milhões.


QUE VERGONHA DE NÓS!

Diego  Casagrande
O Brasil é uma grande piada do ponto de vista humano. Uma piada de mau gosto. Somos uma nação que despreza o que de mais importante existe para a humanidade: a Educação. Entendeu ou quer que desenhe? E-du-ca-ção! Com ela, vem a verdadeira liberdade e o progresso. Sem ela, o atraso e a treva. Foi graças à educação, e o que ela gerou na sequência, que o homem descobriu as vacinas, os antibióticos e tanta coisa fundamental na vida. Foi graças a ela que hoje temos a internet, os telefones celulares e tanta coisa que não imaginamos viver sem no mundo atual. Se quiser evoluir, aposte no conhecimento. O resto vem a reboque. Só que em nosso país a educação ainda é artigo negligenciado por governantes bufões.

O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) leva em conta a expectativa de vida, educação e o PIB per capita. Foi criado há mais de vinte anos pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) para classificar os países e assim servir de parâmetro para aqueles que desejam evoluir. Disparada na 1ª posição está a Noruega, seguida pela Austrália, Suíça, Holanda, Estados Unidos, Alemanha, Nova Zelândia, Canadá, Singapura e Dinamarca. E nós? Estamos patinando, claro.

O IDH nos desmascara. É revelador da nossa vergonha. Fico constrangido só de manusear o material que acaba de ser divulgado pela ONU. Estamos na patética 79ª posição no ranking, atrás de países como Líbia, Romênia, Cuba, Estônia, Brunei, Sri Lanka, Ilhas Seychelles, Venezuela, Azerbaijão e Cazaquistão. Dá vontade de chorar.

Em 1980, a Coreia do Sul tinha pontuação que a colocaria na 125ª posição de hoje, ao lado do Quirguistão. Só que este pequeno país asiático vinha investindo pesado em educação e liberdade econômica desde os anos 60. Atualmente, é o 15º IDH do mundo, com renda per capita de US$ 30.345, mais que o dobro da brasileira, e escolaridade média de 11,8 anos, enquanto no Brasil ficamos em 7,2 anos.

Não há mistério. É isso o que dá tratar a educação como lixo. Queriam o quê pagando miséria aos professores? Esperavam um país diferente investindo quase nada na educação básica? Onde estão as necessárias escolas de turno integral? O desprezo dos governos, dos políticos e da própria sociedade pelo que mais importa a uma nação, cobra um preço alto. E é justamente por isso que não temos saída. Ou investimos em educação, de verdade, sem mentiras, ou seremos sempre uma vergonha.


Argentina: dólar já é vendido a 13 pesos

Gaúchos que foram ao encerramento da monumental Feira Agropecuária de Palermo, Argentina, se surpreenderam com os atuais valores do peso argentino frente ao dólar:
  • Cotação oficial – 8 pesos por 1 dólar
  • Paralelo e nas lojas – 13 pesos por 1 dólar
O dólar disparou na Argentina. 
Os argentinos chamam o mercado paralelo de blue e não de black, nome usado pelos brasileiros.


¡Que venga el toro!

Alexandre  Schwartsman
Antes de tudo, um alerta: para quem não sabe, fui economista-chefe do Santander entre 2008 e 2011, demitido após discussão pública com o então presidente da Petrobras. Digo isso porque quero hoje tratar do imbróglio que envolveu o banco na semana passada, quando foi publicada análise relacionando o desempenho da presidente nas pesquisas eleitorais ao comportamento da Bolsa, do dólar e de outros ativos.
A análise nada trouxe de controverso. Aqui mesmo, no dia 19, lia-se: "Bolsa chega ao maior nível em 16 meses", notando que "as ações de empresas estatais dispararam na BM&FBovespa e impulsionaram o principal índice da Bolsa brasileira nesta sexta-feira (18), após pesquisa Datafolha ter apresentado empate técnico entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB)". Acrescentou ainda que, "desde que começaram a ser divulgadas pesquisas apontando perda de espaço da presidente (...), o mercado de ações nacional, que caía e acentuava queda (...), mudou de tendência".
O governo e o partido podem não concordar com a avaliação do mercado, mas, conforme descrito, trata-se de um fato: para bem ou para mal, a percepção é que uma mudança de orientação de política econômica terá efeitos positivos sobre as empresas brasileiras, em particular as sujeitas a controle acionário governamental.
E é bom notar que o tal mercado pode ter as preferências ideológicas que quiser, mas, na hora de comprar ou vender uma ação, o que menos interessa é ideologia; é sempre a perspectiva de lucro que move esses agentes. Posto de outra forma, ninguém rasga dinheiro em nome de suas convicções políticas.
O texto do banco, enviado a correntistas com renda mensal superior a R$ 10 mil, supostamente mais propensos a operar no mercado financeiro, nada mais fez do que compartilhar esses fatos, e por um motivo muito claro. Bancos têm um dever fiduciário com seus clientes: não podem omitir ou distorcer informações relevantes para sua tomada de decisão.
Em particular, a opinião das áreas de pesquisa deve refletir exatamente esse tipo de preocupação. Analistas não estão certos o tempo todo, mas é claro que suas conclusões não devem ser guiadas pelos interesses da instituição financeira. Não por acaso as regras buscam (nem sempre com sucesso, diga-se) isolar a pesquisa econômica das posições próprias do banco e mesmo de áreas que gerenciam as aplicações de clientes (fundos de investimento), precaução devidamente apelidada de "muralha da China".
Nesse sentido, a decisão de demitir os analistas que expuseram, mais que uma opinião, um fato representa uma violação desse procedimento. A alegação de que a análise conteria "viés político ou partidário" não se sustenta diante da própria diretriz interna que "estabelece que toda e qualquer análise econômica enviada aos clientes restrinja-se à discussão de variáveis que possam afetar a vida financeira dos correntistas". Não há, como se viu, a menor dúvida de que as perspectivas acerca da eleição presidencial são mais que relevantes para afetar a vida financeira dos clientes.
A consequência desse comportamento é óbvia (e aqui falo em termos gerais, não do banco em si).
Se a autonomia da pesquisa é ameaçada, a credibilidade da análise fica comprometida, a despeito das qualidades do analista. Quem, de agora em diante, pode confiar em relatórios se não sabemos a que tipo de filtros estes se encontram sujeitos?
O maior perdedor é o debate econômico, ainda mais numa conjuntura em que – em face de desafios nada triviais no futuro próximo – ninguém se aventura a discutir a sério o que precisa ser feito para colocar a economia brasileira de volta nos eixos. Se até o óbvio, amplamente noticiado (ainda bem!) pela imprensa, vira objeto de censura, pouco falta para que fujamos da controvérsia como quem tem um miúra nos calcanhares.


Gaza envenena Israel

Clóvis  Rossi
É razoável supor que a quase totalidade dos judeus de Israel ficou furiosa com a posição do governo brasileiro de condenar a reação "desproporcional" de Israel aos ataques do Hamas.
É a conclusão inescapável de três pesquisas sucessivas do Instituto Democracia de Israel, feitas nos dias 14, 16/17 e 23. Mostram apoio à operação em Gaza de, respectivamente, 96%, 92% e 97% dos pesquisados (não foram ouvidos os israelenses árabes).
Pior: na média das três pesquisas, 45% acham que não foi usado suficiente poder de fogo, exatamente o contrário do que pensa o governo brasileiro. Com este concordam apenas pouco mais de 3% dos pesquisados.
Fica evidente que é incorreto supor que a ação de Israel se deve ao predomínio da direita e da extrema direita no governo que conduz a guerra. Binyamin Netanyahu é, indiscutivelmente, de direita, mas está agindo de acordo com o que pensa a esmagadora maioria do eleitorado –o seu eleitorado e o de todos os demais partidos, de direita, de centro ou de esquerda.
Pesquisa mais recente, divulgada domingo (27) pelo Canal 10, mostra impressionantes 89% dos consultados favoráveis a que a operação em curso resulte na derrubada do governo do Hamas em Gaza.
Se só na terça morreram cem palestinos, e ao menos 15 na quarta em apenas outra escola de Gaza, não é preciso muita ciência para deduzir o banho de sangue que custaria aprofundar a operação "Margem Protetora" até acabar com o Hamas.
Há, em Israel, quem diga que não adiantaria. O escritor israelense Etgar Keret, por exemplo, em artigo para "El País", diz que "ainda que eliminem a todos e a cada um dos combatentes do Hamas, alguém crê sinceramente que a aspiração dos palestinos à independência nacional vai desaparecer com eles?".
Reforça um ex-chanceler israelense, Shlomo Ben-Ami: "Nenhuma es­tra­tégia na­cio­nal se­rá crível enquanto não se reconhecer que a continuidade do conflito de­bi­li­ta pe­ri­go­sa­men­te as ba­ses mo­ra­is de Is­rael e sua po­si­ção in­ter­na­cio­nal".
De fato, a radicalização da opinião pública está levando a um grau de intolerância em que "qualquer opinião –em especial qualquer opinião que não fomente o uso da força e a perda de vidas de soldados– é nada menos que um intento de destruir Israel", escreve Keret.
O escritor está assustado com a repressão, inclusive com ameaças de morte, a quem discorde da posição majoritária –o que é claramente antidemocrático e, por extensão, cai na frase de Ben-Ami, sobre o debilitamento das bases morais de Israel.
A propósito: o "Times of Israel" divulgou vídeo em que manifestantes de extrema-direita festejam, inacreditavelmente, a morte de crianças em Gaza, aos gritos de "não haverá aula amanhã, [porque] já não há crianças em Gaza". Dá náuseas.
Pode-se sempre alegar que a extrema-direita é assim mesmo. O problema, para qualquer futuro processo de paz, se e quando for retomado, é que a extrema-direita em Israel só faz crescer e crescer o que aumenta o volume do grito "morte aos árabes".


Sede da Rioforte, em Lisboa, 
foi alvo de buscas


O Ministério Público e inspetores da Autoridade Tributária e Aduaneira conduziram buscas na sede de Lisboa da Rioforte, a holding para o setor não financeiro do Grupo Espírito Santo (GES) – responsável pela gestão de negócios de setores como o imobiliário, turismo, agricultura e saúde – as buscas estão relacionadas com o caso conhecido como Monte Branco.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou que "continuam as diligências no âmbito do processo Monte Branco", escusando-se a revelar mais pormenores do processo, em que se investiga o maior caso de fraude e lavagem de capitais alguma vez detectado em Portugal, justificando que o inquérito está em segredo de justiça.
As buscas decorreram no 6.º andar do número 61 da Avenida Álvares Cabral, em Lisboa, onde se situada a sede da Rioforte em Portugal. As autoridades estão a recolher diversos documentos, não havendo até ao momento qualquer detenção.
Recorde-se que, o antigo presidente executivo do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, foi detido e constituído arguido no âmbito do mesmo processo.
O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) já fez buscas no escritório de Ricardo Salgado e no Banco Espírito Santo.
As buscas em várias empresas do Grupo Espírito Santo, como a Rioforte e a Espírito Santo Resources, estão relacionadas com o caso Monte Branco.
Transações financeiras de Ricardo Salgado e de Álvaro Sobrinho motivaram diligências. Movimentos financeiros envolvendo as sociedades "offshore" de Ricardo Salgado e de Álvaro Sobrinho estão entre as razões que levaram o DCIAP a realizar buscas na Rioforte e na Espírito Santo Resources, entre outras sociedades do Grupo Espírito Santo (GES).

quarta-feira, 30 de julho de 2014


Centro de integração Kinder sobrevive graças a doações



Mantega desqualifica avaliação do FMI sobre a economia brasileira

FMI comete o mesmo equívoco perpetuado por outros
no passado, diz Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, desqualificou o relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmando que o Brasil seria um dos países emergentes mais vulneráveis às mudanças da economia mundial. O ministro disse que em uma instituição financeira respeitável não há esse tipo de avaliação como a do FMI.
Por mais de uma vez, Mantega disse não ter informação sobre "o escalão" dentro do FMI responsável pelo relatório. "O relatório é de uma equipe do FMI que não sei quem é. Não é o diretor para o Hemisfério Sul", afirmou.
Mantega disse que o FMI comete o mesmo equívoco perpetuado por outros no passado, quando afirmaram que o Brasil enfrentaria uma tempestade perfeita ou estaria entre as cinco economias mais frágeis. Segundo o ministro, ninguém mais falou nesse assunto e nada aconteceu.
Mantega destacou que, nos últimos seis meses, o câmbio teve uma baixa volatilidade e o real foi a moeda que mais se valorizou (9,4%) em relação a todas as moedas. "Portanto, se fortaleceu", disse. Ele ressaltou ainda o aumento das bolsas de valores de 21,5% nos últimos seis meses. Além disso, segundo ele, o Brasil teve, de janeiro a junho deste ano, uma conta financeira melhor que nos seis primeiros meses de 2013, quando já foi bom. Ele enfatizou também a entrada de investimento estrangeiro direto desde 2011. "Portanto, é um país atrativo", comentou.
O ministro lembrou a emissão externa feita na semana passada pelo Tesouro Nacional do Global 2045, um título com 30 anos de vencimento e taxa de retorno de 5,13%. "São sinais de que o Brasil tem a confiança do mercado internacional e é sólido do ponto de vista cambial."
O ministro sublinhou que o Brasil tem reservas internacionais altas, a quinta maior do mundo, o que deixa o País numa situação confortável. Ele citou ainda a pequena dívida externa de curto prazo que, segundo ele, é de apenas 7,6% de um total de US$ 330 bilhões.
Mantega disse que o Brasil tem um sistema financeiro sólido e pouco alavancado. "O Brasil tem uma situação bastante sólida, que nos permitiu atravessar as turbulências causadas pela retirada dos estímulos pelo Fed e isso foi superado e nos colocou à prova. Então, não faz sentido a conclusão desse relatório. Eu não li o relatório. Só nos on lines", disse, segurando uma notícia do Broadcast. "Com seis meses de atraso, o FMI repetiu o erro cometido no passado por outros analistas", declarou.
O ministro afirmou que a avaliação feita no relatório não tem sido incluída nas análises das instituições financeiras respeitáveis. Ele disse que o déficit em transações correntes no ano passado foi afetado negativamente pelo déficit da conta petróleo, que, segundo ele, este ano, está melhor. Mantega afirmou que a Petrobrás está aumentando a produção de petróleo, o que vai melhorar o déficit comercial da conta petróleo. Ele disse que, se houver uma melhora da economia mundial, também será sentido nas contas externas do Brasil. "Estamos no pior momento do comércio internacional", disse.



Contas externas do Brasil estão em situação 'moderadamente frágil', avalia FMI
Relatório do Fundo sobre 28 economias também calcula que moeda brasileira estava sobrevalorizada em até 15% no ano passado

Para enfrentar o desequilíbrio nas contas externas, os economistas
do Fundo sugerem que o Brasil adote medidas que
aumentem a poupança

A situação das contas externas do Brasil é "moderadamente frágil" e corre o risco de se deteriorar rapidamente em um cenário de acentuada e prolongada queda no preço das commodities, avaliou o Fundo Monetário Internacional (FMI) em relatório sobre o setor externo de 28 grandes economias, divulgado. No mesmo documento, a entidade estimou que a moeda brasileira estava sobrevalorizada em até 15% em 2013.
Segundo o Fundo, o déficit nas transações do Brasil com o restante do mundo também pode crescer se houver expansão dos investimentos - que estimulam as importações-, a menos que isso seja acompanhado do aumento da poupança interna.
No ano passado, a conta corrente brasileira fechou no vermelho em 2,9% do PIB, na estatística ajustada a fatores cíclicos. Os técnicos do FMI acreditam que o percentual deveria ser de -1% a -2,5%, o que seria consistente com a adoção de políticas adequadas para manter os fundamentos da economia em posição saudável.
Os grandes desequilíbrios entre países com déficit ou superávit excessivos em suas contas externas, que estiveram na origem da crise financeira global de 2008, estão sendo corrigidos de maneira "modesta", depois do forte ajuste registrado até 2010, afirmou o relatório do Fundo. Mas sua natureza mudou, com a redução do déficit em grandes economias, como os Estados Unidos, e sua migração para países emergentes, entre os quais o Brasil.
"Mesmo que tenham diminuído, os desequilíbrios ainda são muito grandes. Em linhas gerais, se somarmos todo mundo, eles são o dobro do que esperávamos ver. Isso não é razão para alarme. É razão para preocupação", disse Steven Phillips, do Departamento de Pesquisa do FMI, em conferência telefônica sobre o relatório, divulgado em conjunto com outro estudo sobre contágios econômicos.
O documento prevê que parte do déficit das transações do Brasil com o restante do mundo continuará a ser financiado por "forte" entrada de Investimento Estrangeiro Direto (IED), mas alerta que outros fluxos de capitais podem ser voláteis. "A composição dos fluxos tem um perfil de risco favorável, mas isso pode mudar rapidamente. Administrar os fluxos deve continuar a ser um desafio", avaliaram os técnicos do Fundo.
No ano passado, a taxa de câmbio real da moeda brasileira ficou entre 5% a 15% acima do patamar considerado desejável, disse o estudo. Em 2014, até o mês de abril, houve apreciação adicional de 1 ponto percentual em relação à média de 2013.
Para enfrentar o desequilíbrio nas contas externas, os economistas do Fundo sugerem que o Brasil adote medidas que aumentem a poupança, entre as quais reformas no sistema previdenciário, e alterem a estrutura dos gastos públicos, com redução dos dispêndios relacionados ao consumo.
Phillips ressaltou que a equipe do FMI não defende mudanças "radicais" e "abruptas" para correção dos desequilíbrios globais. "Uma abordagem gradual é o mais desejável", ponderou. Segundo ele, ajustes fiscais drásticos podem ser recessivos para o país que os adote e para a economia mundial.
As economias superavitárias, como a chinesa, devem estimular a demanda doméstica, caminhar na direção de taxas de câmbio determinadas pelo mercado e reduzir restrições na conta de capitais, receitou o Fundo.
Os desequilíbrios globais chegaram ao auge em 2006 e 2007, quando o excesso de poupança nos países com superávit financiavam a extravagância financeira dos deficitários. China e Estados Unidos eram os dois extremos dessa equação. Com enorme saldo positivo em suas transações com o restante do mundo, o país asiático acumulou volume recorde de reservas internacionais, que foram usadas para a compra de títulos do Tesouro dos Estados Unidos. O movimento ajudou a manter a taxa de juros em patamar baixo, o que estimulou o crédito e inflou a bolha de ativos que explodiu em 2008.


Luiz Moura e cinco empresas de ônibus são suspeitos de lavagem de dinheiro para o PCC
Parlamentar e viações que operam na zona leste de São Paulo são citados em apuração coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco); seu irmão, o vereador Senival Moura (PT), também aparece na investigação

O deputado Luiz Moura, do PT

O deputado estadual Luiz Moura (PT) e cinco empresas de ônibus que operam em São Paulo são citados em investigação que apura esquemas de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC). O procedimento, sigiloso, é coordenado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual. Moura nega as acusações.
O Tribunal de Justiça ainda precisa dar aval para que o deputado seja investigado. Ele está suspenso do PT desde o mês passado. Moura foi flagrado pela Polícia Civil em março, em uma reunião de perueiros em que havia suspeitos de integrar a facção criminosa.
Moura apareceu na investigação do Ministério Público depois de os promotores apurarem denúncia de que o Consórcio Leste 4, grupo contratado pela SPTrans em 2007 para operar linhas de ônibus na zona leste da capital, era formado por três empresas cujos sócios eram “indivíduos que estariam lavando dinheiro, produto do cometimento de crimes” para a facção que opera nos presídios, segundo os autos. Sete pessoas foram denunciadas. Inicialmente, o nome de Moura estava fora das acusações.
Em 2010, quando as investigações tiveram início, Moura era diretor de uma das empresas citadas, a Happy Play. As outras eram a Himalaia e a Novo Horizonte. Ao investigá-las, os promotores observaram que um dos endereços da Happy Play era de uma casa de carnes. O outro era o da garagem da cooperativa Transcooper - que tinha Moura como um dos sócios e o irmão dele, o vereador Senival Moura (PT), como cooperado.

Finanças
Ao analisar a movimentação financeira dos demais investigados, os promotores descobriram ainda casas sendo compradas à vista, perueiros com patrimônio superior a R$ 22 milhões e motoristas com seguros de vida superiores a R$ 1 milhão, segundo as informações do processo.
Dois dos suspeitos, Gerson Adolfo Sinzinger e Vilson Ferrari, o Xuxa, levantaram R$ 4 milhões cada, no intervalo de dois anos, enquanto trabalhavam nas cooperativas da cidade, segundo as investigações.
O dinheiro serviu para o acúmulo de capital da empresa Happy Play, ainda de acordo com a investigação do Ministério Público. “A empresa não possuía nenhum veículo, mas recebia repasses do Consórcio Leste 4”, diz um trecho dos autos.
Ambos ainda fizeram parte do quadro societário da cooperativa Aliança Paulista, que também opera na zona leste. Essa empresa, também investigada, é citada em boletins de ocorrência anexados à investigação, acusada de usar funcionários para ameaçar motoristas e cobradores da concessionária Via Sul, que atua na mesma região.
As ameaças seriam para que a empresa cedesse linhas tidas como mais lucrativas para os perueiros - o caso resultou em ação na Promotoria do

Patrimônio Público e Social
A investigação aponta que a dupla chegou a fazer parte das três empresas que compunham o Consórcio Leste 4. A reportagem não conseguiu localizar seus representantes.

Sigilos
Diante das evidências de enriquecimento ilícito - complementadas também por representação feita por sócios descontentes da Viação Novo Horizonte -, os promotores do caso pediram e obtiveram quebra de sigilo financeiro de Moura, dos outros sete suspeitos e das cinco empresas (Consórcio Leste 4, Himalaia. Novo Horizonte, Happy Play, Trascooper e Aliança Paulista), ainda em 2011. Segundo o processo, os bancos demoraram mais de um ano para repassar os dados - e chegaram a ser multados.
Agora, os promotores solicitam ao Tribunal de Justiça a instauração de um procedimento investigatório para esclarecer se o enriquecimento verificado teve relação com lavagem de dinheiro de drogas para o Primeiro Comando da Capital, como disseram as denúncias, ou se foram fruto de alguma outra irregularidade.


Ingressos da Copa: 
MP quer manter executivo inglês preso

O Ministério Público quer manter preso o executivo inglês acusado de envolvimento com a máfia de ingressos da Copa. A justiça deve julgar na semana que vem um pedido de liberdade para o diretor da Match, empresa contratada pela Fifa para comercializar as entradas.



Primeira fábrica de mosquito da dengue transgênico é inaugurada

Foi inaugurada em Campinas (São Paulo), a primeira fábrica brasileira voltada exclusivamente para a produção do mosquito da dengue modificado geneticamente para não deixar descendentes. A tecnologia, criada pela empresa britânica Oxitec, tem como objetivo diminuir a população de Aedes aegypti na natureza e reduzir a incidência da dengue.




Negligência médica é difícil de ser punida

O caso de uma mulher que ficou paraplégica por causa da demora no atendimento virou caso de polícia. Punir os responsáveis pela negligência médica seria mais fácil se as unidades de saúde cumprisses a lei, emitindo um documento atestando a recusa no atendimento.



Morre o principal especialista em ebola de Serra Leoa após ser infectado
Morte de Sheik Umar Khan ocorre após o falecimento de dezenas 
de funcionários da saúde

Sheik Umar Khan cuidou de mais de cem
pacientes com a doença

O médico que liderava os esforços de Serra Leoa contra o pior surto de ebola da história morreu após ser contaminado pelo vírus, disse a principal autoridade de saúde do país. A morte de Sheik Umar Khan, que tratou de mais de cem pacientes, ocorre após o falecimento de dezenas de funcionários da saúde e a infecção de dois médicos americanos na vizinha Libéria, destacando os perigos enfrentados pela equipe que tenta conter a propagação da doença na África Ocidental.
Acredita-se que o ebola tenha matado 672 pessoas em Guiné, Libéria e Serra Leoa desde que o surto começou, em fevereiro, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A doença contagiosa, que não tem cura conhecida, tem sintomas que incluem vômitos, diarreia e hemorragia interna e externa.
Khan, de 39 anos, saudado como um "herói nacional" pelo Ministério da Saúde, havia sido transferido para uma enfermaria gerida pela instituição da organização Médicos Sem Fronteiras no extremo norte de Serra Leoa. Ele morreu na tarde desta terça-feira, 29 de julho, menos de uma semana depois que o diagnóstico foi anunciado, e no mesmo dia em que o presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, deveria visitar o centro de tratamento do médico na cidade de Kailahun, no nordeste.
- É uma grande e irreparável perda para Serra Leoa, já que ele era o único especialista do país em febres hemorrágicas virais - disse o médico-chefe, Brima Kargbo.
Sistemas de saúde fracos estão se esforçando para conter a doença, apesar da ajuda internacional que inclui desde médicos a equipamentos de segurança. A taxa de mortalidade da epidemia atual é de cerca de 60%, embora a doença possa matar até 90% dos infectados.


Gaza viveu uma das noites mais sangrentas

Uma escalada na ofensiva israelense fez Gaza viver uma das noites mais sangrentas desde o início do conflito, há três semanas.
Os ataques ocorreram após o governo israelense anunciou que o conflito seria longo.
A ofensiva israelense também destruiu o porto de Gaza e pescadores disseram ter perdido todos os equipamentos que tinham.
Israel diz que tinha como alvo pontos estratégicos do Hamas. Mas em Gaza tudo o que se via eram palestinos procurando corpos de civis mortos em meio aos escombros.



Hamas, da primeira Intifada ao atual conflito com Israel

Hamas saiu fortalecido após vitória nas eleições de 2006
nos territórios palestinos

O governo de Israel justifica a sua mais recente operação militar em Gaza - Borda de Proteção - afirmando que precisa se proteger de foguetes lançados em seu território pelo grupo palestino Hamas.
Mas a faceta militar é apenas dos rostos desta facção: o grupo militante, que controla a Faixa de Gaza e não reconhece a existência do Estado de Israel, é também um partido político e promove assistência social.
O Hamas é o maior dos vários grupos islâmicos militantes palestinos. Seu nome é a sigla em árabe para Movimento de Resistência Islâmica. A agremiação surgiu após o início da primeira Intifada (revolta palestina) contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, em 1987.
Em sua carta de fundação, o grupo estabelece dois objetivos: promover a luta armada contra Israel – missão conduzida por seu braço militar, as brigadas Al-Qassam – e realizar programas de bem-estar social.
Diferente do grupo palestino rival Fatah, que controla a Cisjordânia e concorda com uma solução para o conflito que envolva a criação de dois Estados – Israel e Palestina –, o Hamas defende a criação de um único Estado palestino que ocuparia a área onde hoje estão Israel, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.

Hamas nasceu após a primeira Intifada, em 1987

Por essa razão, e por sua longa história de ataques e sua recusa em renunciar à violência, o Hamas é designado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia, Canadá e Japão. Para os países ocidentais, o Hamas está comprometido com a destruição de Israel.
Mas, para seus apoiadores, o Hamas é visto como um movimento de resistência legítima.
O grupo cresceu nos anos 1980 e 1990 como organização social nas cidades e campos de refugiados então sitiados pelas tropas israelenses. Nelas, o Hamas organizava clínicas e escolas para palestinos insatisfeitos com a ineficiente organização palestina controlada pelo Fatah, a Autoridade Nacional Palestina.
Desde 2005, o grupo está envolvido no processo político palestino, tornando-se o primeiro grupo islâmico no mundo árabe a conquistar o poder democraticamente (antes de tomar à força o controle da fortaleza de Gaza).

Chegada ao poder
O Hamas ganhou fama depois da primeira Intifada, como o principal opositor palestino ao processo de paz conhecido como os Acordos de Oslo.
Estas negociações, lideradas pelo governo do presidente americano Bill Clinton, previa a remoção gradual e parcial das tropas israelenses dos territórios ocupados, em troca de compromissos das autoridades palestinas de proteger a segurança de Israel.

Integrantes do Hamas tomam o escritório do presidente palestino
Mahmoud Abbas, em 2007

Mas a continuada agressão entre israelenses e palestinos, os objetivos autodeclarados do Hamas de se opor à existência de Israel e não renunciar à violência, e a subsequente retirada de Israel do processo de paz, puseram as negociações a pique.
Em fevereiro e março de 1996 o Hamas cometeu uma série de atentados suicidas que causaram a morte de quase 60 israelenses. As ações foram uma retaliação contra o assassinato um de seus membros em dezembro de 1995.
Meses depois, os israelenses elegeram o linha-dura Binyamin Netanyahu – um claro oponente dos acordos de Oslo – como primeiro-ministro.
O fracasso dos acordos de Oslo, cujos objetivos não puderam ser reavivados no encontro de Camp David, em meados do ano 2000, e a segunda Intifada, iniciada meses depois, deram ao Hamas mais fôlego e influência.
Quando o grupo chegou ao poder nos territórios palestinos em 2006, obtendo uma vitória impressionante nas eleições do Conselho Legislativo Palestino (PLC), a mesa estava posta para disputas com a facção rival, Fatah, liderada pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
A Autoridade Palestina é formada principalmente por nacionalistas palestinos seculares que acreditam em um acordo definitivo com Israel para a criação de dois Estados. Desde a morte do líder da Fatah, Yasser Arafat, em 2004, a Autoridade Palestina era controlada por Mahmoud Abbas.

Novos ataques de Israel contra o Hamas em Gaza já deixou centenas
de palestinos mortos

Hamas e Fatah formaram um governo de união nacional em março de 2007. Pouco depois, Abbas dissolveu o governo.
Mas em junho de 2007, confrontos mortais entre as duas facções se intensificaram. Alegando que forças do Fatah estavam planejando um golpe, o Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza à força. A Cisjordânia permaneceu sob o controle do Fatah.
Israel e Egito iniciaram um bloqueio às fronteiras de Gaza que permanece em vigor até hoje.

Ataques a Israel
Abbas sempre viu o lançamento de foguetes do Hamas contra Israel como algo contraproducente, causando relativamente poucos danos a Israel, mas provocando uma dura resposta por parte dos militares israelenses.
Para tentar eliminar o Hamas, Israel já realizou três grandes ações militares na região: Operação Chumbo Fundido, em dezembro de 2008, a Operação Pilar de Defesa, em novembro de 2012, e a Operação Borda de Proteção, em julho de 2014.
As ofensivas foram precedidas de escaladas na luta transfronteiriça, com dezenas de ataques com foguetes a partir de Gaza e ataques aéreos contra a região por parte de Israel.
O Hamas saiu dos conflitos de 2008 e 2012 degradado militarmente, mas com apoio renovado entre os palestinos em Gaza e na Cisjordânia, por ter confrontado Israel e sobrevivido.
Apesar das várias operações israelenses, e também das tentativas de repressão da própria Autoridade Nacional Palestina, o Hamas encontrou nas ações violentas um efetivo poder de veto sobre o processo de paz.

Palestinos celebram breve reconciliação entre Fatah e Hamas, em 2011

Primeiro com os atentados suicidas realizados nos anos 1990 e início dos anos 2000 e, mais recentemente, os lançamentos de foguetes contra Israel.
Muitos palestinos veem nessas operações uma forma legítima de lutar contra o que consideram uma opressão israelense. Por isso, o Hamas sempre se esquivou de assinar um cessar-fogo permanente enquanto Israel ocupar os territórios palestinos - embora tenha havido momentos mais calmos na turbulenta história desta relação.
O grupo continuou a lutar sob o bloqueio imposto em conjunto por Israel e Egito a Gaza, mas ficou mais isolado após se desentender com potências regionais na esteira da Primavera Árabe.
A derrubada do presidente egípcio, Mohammed Morsi, um aliado-chave, em julho de 2013 foi mais um golpe.
Em abril de 2014, o Hamas concordou com um acordo de reconciliação Fatah, que levou à formação de um governo de unidade nacional.