sexta-feira, 21 de agosto de 2015


O Presidente da Câmara Eduardo Cunha é denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro
Além da condenação criminal, o procurador-geral pede a restituição do valor da propina, US$ 40 milhões, e a reparação dos danos causados à Petrobras e à Administração Pública também no valor de US$ 40 milhões.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que acusa o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de ter recebido propina no valor de ao menos US$ 5 milhões para viabilizar a construção de dois navios-sondas da Petrobras, no período entre junho de 2006 e outubro de 2012. Janot pede a condenação de Cunha pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e da ex-deputada Federal Solange Almeida (PMDB-RJ) por supostamente ter participado de pressão pelo pagamento de valores retidos, incorrendo em corrupção passiva.
As informações foram divulgadas pela Procuradoria-Geral da República na quinta-feira, 20.ago.2015.
Além da condenação criminal, o procurador-geral pede a ‘restituição do produto e proveito dos crimes no valor de US$ 40 milhões e a reparação dos danos causados à Petrobras e à Administração Pública também no valor de US$ 40 milhões’.
Segundo a denúncia, dentro do esquema ilícito investigado na Operação Lava Jato, Eduardo Cunha recebeu vantagens indevidas para facilitar e viabilizar a contratação do estaleiro Samsung Heavy Industries, responsável pela construção dos navios-sondas Petrobras 10000 e Vitoria 10000, sem licitação, por meio de contratos firmados em 2006 e 2007.
A intermediação foi feita pelo lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, operador ligado à Diretoria Internacional da Petrobrás, de indicação do PMDB. A propina foi oferecida, prometida e paga por Júlio Camargo, segundo a denúncia.
Fernando Baiano foi condenado a 16 anos de prisão na Justiça Federal do Paraná. Como não detém foro privilegiado perante o Supremo Tribunal Federal, ele foi processado na 1ª instância. Na segunda-feira, 17.ago.2015, o juiz Sérgio Moro condenou Baiano por corrupção e lavagem de dinheiro.
O procurador-geral afirma que, para dar aparência lícita à movimentação das propinas acertadas, foram celebrados dois contratos de comissionamento entre a Samsung e a empresa Piemonte, de Júlio Camargo. Dessas comissões saíram as propinas prometidas a Fernando Soares, Eduardo Cunha e ao então diretor da área internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró. O então diretor de Internacional da Petrobrás levou a questão à Diretoria Executiva e obteve a aprovação dos contratos relativos aos navios-sondas, nos termos propostos pela Samsung, de acordo com o Ministério Público Federal.
Por causa dos contratos, a Samsung Heavy Industries transferiu, em cinco parcelas pagas no exterior, a quantia total de US$ 40,355 milhões para Júlio Camargo, que em seguida transferiu, a partir da conta mantida em nome da offshore Piemonte, no Uruguai, parte destes valores para contas bancárias, também no exterior, indicadas por Fernando Soares, aponta a denúncia. Cunha é acusado de lavagem de dinheiro por ocultar e dissimular o recebimento dos valores no exterior em contas de empresas offshore e por meio de empresas de fachada.
Pressão pelo pagamento. Segundo a Procuradoria, as investigações demonstraram que, a partir de determinado momento, após o recebimento das sondas, a Samsung deixou de pagar as comissões para Júlio Camargo, inviabilizando o repasse da propina aos destinatários. Com isso, segundo a denúncia, o presidente da Câmara ‘passou a pressionar o retorno do pagamento das propinas, valendo-se de dois requerimentos perante a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, formulados pela então deputada Solange Almeida, em julho de 2011′.
Os requerimentos solicitavam informações sobre Júlio Camargo, Samsung e o Grupo Mitsui, envolvido nas negociações do primeiro contrato, aponta a Procuradoria. Um deles foi dirigido ao Tribunal de Contas da União (TCU) e outro ao Ministério de Minas e Energia. Segundo Janot, a ex-deputada tinha ciência de que os requerimentos seriam formulados com desvio de finalidade e abuso da prerrogativa de fiscalização inerente ao mandato popular, para obtenção de vantagem indevida. Para ele, não há dúvidas de que ‘o verdadeiro autor dos requerimentos, material e intelectual, foi Eduardo Cunha’.
De acordo com as investigações, o presidente da Câmara elaborou os dois requerimentos, logado no sistema da Câmara como o usuário “Dep. Eduardo Cunha”, utilizando sua senha pessoal e intransferível, e os arquivos receberam os metadados do usuário logado no momento de sua criação. Depois, os requerimentos foram autenticados pelo gabinete da então deputada Solange Almeida, sendo que ela não era integrante ou suplente da Comissão de Fiscalização e não havia apresentado nenhum outro requerimento à comissão naquele ano.
Na denúncia, Janot informa que, em razão da pressão exercida, os pagamentos foram retomados, por volta de setembro de 2011, após reunião pessoal entre Fernando Soares, Júlio Camargo e Eduardo Cunha. O valor restante foi pago por meio de pagamentos no exterior, entregas em dinheiro em espécie, simulação de contratos de consultoria, com emissão de notas frias, e transferências para igreja vinculada a Eduardo Cunha, sob a falsa alegação de que se tratava de doações religiosas.

A ex-deputada Solange Almeida — também foi denunciada

A IGREJA
Empresas do delator Júlio Camargo foram usadas para fazer repasses de R$ 250 mil para a igreja que apoia o presidente da Câmara como forma de quitar parte da propina, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República.
O procurador-geral da República Rodrigo Janot acusa o deputado Eduardo Cunha de indicar a Igreja Evangélica Assembleia de Deus para receber parte da propina de ao menos US$ 5 milhões destinada a ele referente aos contratos para viabilizar a construção de dois navios-sonda usados pela Petrobrás.
Segundo a denúncia contra o presidente da Câmara, o lobista e delator da Lava Jato Júlio Camargo foi procurado em 2012 por Fernando Soares, que operava a propina para o PMDB na estatal, e indicou que ele “deveria realizar o pagamento desses valores à Igreja Evangélica Assembleia de Deus”, assinala a denúncia. O nome da igreja no registro da Receita Federal corresponde à Igreja Evangélica Assembleia de Deus — Ministério Madureira, em Campinas (SP).
“Segundo Fernando Soares, pessoas dessa igreja iriam entrar em contato com o declarante, o que realmente ocorreu”, segue o procurador-geral da República. A partir de então, foram feitas duas transferências em agosto de 2012 das empresas de Júlio Camargo, Piemonte e Treviso, no valor de R$ 125 mil cada que tiveram como destino uma filial da Assembleia de Deus Ministério Madureira em Campinas “ambas com a falsa justificativa de pagamento a fornecedores”, segue Janot na denúncia.
O procurador-geral afirma que “não há dúvidas de que referidas transferências foram feitas por indicação de Eduardo Cunha para pagamento de parte do valor residual da propina referente às sondas”. A denúncia ainda ressalta que Júlio Camargo nunca frequentou a igreja evangélica e “professa a religião católica”, além de nunca ter feito doações para a Assembleia de Deus antes deste episódio.

Eduardo Cunha durante culto na Assembleia de Deus em comemoração
a sua vitória na disputa para a Presidência da Câmara.

O AMIGO
Procurador relata que Eduardo Cunha ‘se valeu dos serviços’ da então deputada do PMDB Solange Almeida também para acuar empresa de rival do amigo.
Na denúncia de 85 páginas que entregou ao Supremo Tribunal Federal contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) – a quem acusa de corrupção e lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido parte de US$ 40 milhões em propinas – , o procurador-geral da República Rodrigo Janot afirma que o presidente da Câmara também ‘já se valeu dos serviços’ da então deputada peemedebista Solange Almeida ‘com o intuito de pressionar’ a empreiteira Schahin Engenharia.
No caso da Schahin, afirma o procurador-geral, a ação em parceria de Cunha e Solange se deu por meio de requerimentos de informações da Câmara.
O Ministério Público Federal está convencido de que o peemedebista fazia dos requerimentos sua ‘arma’ para coagir desafetos.

Lucio Bolonha Funaro

Segundo Janot, no episódio envolvendo a Schahin o presidente da Câmara teria buscado favorecer Lucio Bolonha Funaro, amigo pessoal de Eduardo Cunha, em litígio relativo a Apertadinho, Pequena Central Hidrelétrica em Rondônia.
A estratégia empregada por Cunha e sua aliada Solange teria sido a mesma usada para intimidar o lobista Julio Camargo, a Samsung e o Grupo Mitsui para o pagamento de parcela de propina atrasada que somou US$ 40 milhões na contratação de navios sonda da Petrobrás.
Nos dois episódios, segundo o procurador, Solange Almeida enviou requerimentos de informações supostamente a mando de Cunha.
Segundo o procurador-geral, em 2009, a Schahin Engenharia estava ‘em disputa com Lúcio Bolonha Funaro, pessoa que possui antigo contato com Eduardo Cunha’.
A origem do atrito, afirma o chefe do Ministério Público Federal, foi a Pequena Central Hidrelétrica Apertadinho, em Rondônia, que se rompeu em 9 de janeiro de 2008, abrindo uma ‘declarada disputa’ entre a Cebel – Belém Centrais Hidrelétrica, representada por Lucio Funaro, e a Schahin Engenharia sobre a responsabilidade pelo não pagamento do seguro da obra e pelos danos causados.
“Como não há acordo entre Funaro e o Grupo Schahin surgem dezenas de requerimentos no Congresso Nacional, dentre eles o da deputada Solange Almeida”, assinala o procurador-geral. Janot observa, ainda, que ‘o envolvimento de Eduardo Cunha e Lucio Bolonha Funaro é antigo’.
“Identificou-se que Funaro pagava as despesas da residência do denunciado Eduardo Cunha em um hotel em Brasília, assim como também deu ‘carona’ em seu jato particular ao deputado.”
Segundo o procurador-geral, em 11 de novembro de 2009, Solange Almeida formulou o requerimento 333/2009 perante a Comissão de Seguridade Social e Família ‘solicitando informações sobre a Schahin’.
“Deve-se destacar que, mais uma vez, o requerimento não tinha nenhuma relação com a pauta de atuação parlamentar da denunciada Solange Almeida”, destaca Rodrigo Janot.
O requerimento pedia a convocação para depor na Câmara de diversas pessoas, inclusive o empresário Milton Schahin, presidente da empreiteira, ‘a fim de prestar esclarecimentos sobre os prejuízos causados pela interrupção do empreendimento da Barragem da PCH Apertadinho em VBilhena (RO)’.
Na denúncia contra Eduardo Cunha, relativa à propina de US$ 40 milhões, quando se refere aos requerimentos de Solange Almeida, o procurador-geral afirma que a ex-deputada ‘tinha ciência de que os requerimentos seriam formulados com desvio de finalidade e abuso da prerrogativa de fiscalização inerente ao mandato popular, para obtenção de vantagem indevida’.
Janot diz não ter dúvidas de que ‘o verdadeiro autor dos requerimentos, material e intelectual, foi Eduardo Cunha’.

A defesa de Lucio Bolonha Funaro:
“1- Primeiro: nunca paguei despesas do deputado Eduardo Cunha ou de qualquer outro parlamentar que seja .
2- Segundo: as dezenas de requerimentos feitos a respeito do Grupo Schahin devem ter sido para apurar as milhares de atividades irregulares perpetuadas pelo respectivo grupo em seus mais diversos ramos de atividade , como já ficou comprovado por diversas matérias jornalísticas, procedimentos do Banco Central do Brasil , Polícia Federal e até pelo Ministério Público Federal. O que me causa perplexidade é até hoje os diretores e acionistas desse Grupo ainda não terem sido punidos de forma exemplar, como foram diversos outros diretores de grupos concorrentes, pelo Ministério Público.
3- Todos os procedimentos feitos pela empresa Cebel, a qual eu represento , sejam eles na esfera Arbitral ou Judicial deram ganho de causa à Cebel ,em todos os sentidos , portanto o estranho não são os requerimentos e sim a atuação de alguma força oculta para proteger esse Grupo . Cabe ressaltar que a Cebel se utiliza de todos os meios lícitos nessa disputa, ao contrário do Grupo Schahin que, inclusive, foi pego em delito flagrante tentando forjar uma perícia falsa .
4- Não cabe a minha pessoa discutir uma denúncia feita a um terceiro pelo procurador geral da República e sim as partes envolvidas discutirem no fórum adequado .
5- Estou a disposição da Justiça para esclarecer qualquer fato relativo a minha pessoa ou aos procedimentos adotados pela Cebel perante o Grupo Schahin .”

A DEFESA DE EDUARDO CUNHA
Presidente da Câmara insiste na defesa de que é vítima de complô da Procuradoria e do Palácio do Planalto e nega as acusações de Janot.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) recebeu no fim da tarde de quarta-feira (19.ago.2015) as 85 páginas da denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Após uma reunião com integrantes do seu grupo político no gabinete da presidência da Casa, o deputado divulgou uma nota na qual afirmou que é inocente e voltou a acusar o governo federal de estar por trás das investigações e da acusação formal apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
“Como eu já disse anteriormente, fui escolhido para ser investigado e, agora, ao que parece, estou também sendo escolhido para ser denunciado, e ainda, figurando como o primeiro da lista”, disse Cunha, alegando que recebeu a denúncia com serenidade e alívio porque “agora o assunto passa para o Poder Judiciário”.
“Não participei e não participo de qualquer acordão e certamente, com o desenrolar, assistiremos a comprovação da atuação do governo, que já propôs a recondução do procurador, na tentativa de calar e retaliar a minha atuação política.”
O peemedebista afirmou também que considera “muito estranho não ter ainda nenhuma denúncia contra membro do PT ou do governo, detentor de foro privilegiado”.
“À evidência de que essa série de escândalos foi patrocinada pelo PT e seu governo, não seria possível retirar do colo deles e tampouco colocar no colo de quem sempre contestou o PT, os inúmeros ilícitos praticados na Petrobrás”. O peemedebista também disse “achar estranho” o fato de a denúncia ter sido publicada no mesmo dia em que foram realizadas manifestações contra ele nas ruas.
‘Solidariedade’. Antes de divulgar a nota, Cunha se reuniu em seu gabinete – com janelas voltadas para o Supremo Tribunal Federal (STF) – com líderes partidários e deputados que foram prestar “solidariedade”. O deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) leu trechos do resumo da acusação de Janot, postado no site oficial do Ministério Público Federal.
Segundo relatos, Cunha rebateu “ponto a ponto”, considerou a peça acusatória como “ridícula” e disse que “a montanha tinha parido um rato”.
Nas conversas com o grupo de aliados, o peemedebista, segundo relatos, afirmou em várias ocasiões que era alvo de um “complô” arquitetado por Janot, pelo Palácio do Planalto e pelo PT, em razão de ele ter rompido como o governo em julho.
Força. Cunha reiterou que não vai se afastar do cargo. Ele vai participar na sexta-feira (21.ago.2015) de um ato da Força Sindical, em São Paulo, organizado pelo presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, um dos seus principais aliados. “Ele votou com os trabalhadores. Terá o apoio da entidade”, disse Paulinho.
Segundo ele, a reunião foi marcada há duas semanas para tratar dos vetos da presidente Dilma Rousseff, entre eles o referente à flexibilização do fator previdenciário. Também está na pauta o veto à extensão da regra de correção do salário mínimo para todos os aposentados. Paulinho disse que, “com certeza” haverá manifestação de apoio a Cunha por parte de dirigentes e da militância.
Além do ato em São Paulo, integrantes do grupo de Cunha vão insistir nos próximos dias o argumento de que é necessário que haja o amplo direito de defesa e presunção de inocência. “O PGR tem a prerrogativa de fazer a denúncia, foi feita, e agora é o momento da defesa. Esse episódio não atrapalha a condução dos trabalhos. Esse é um processo que diz respeito apenas à pessoa do Eduardo Cunha”, afirmou o deputado Sérgio Souza (PMDB-PR), logo após deixar o gabinete da presidência da Câmara. “É importante que ele consiga provar a inocência até para o bem da instituição”, ressaltou Avelino.
O líder do PSD, Rogério Rosso (DF), disse que a reação de Cunha passa também por colocar em pauta para votação projetos que dialoguem com a “vida real” da população.

Veja a íntegra da nota do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ):
"Estou absolutamente sereno e refuto com veemência todas as ilações constantes da peça do Procurador Geral da República.
Sou inocente e com essa denúncia me sinto aliviado, já que agora o assunto passa para o poder judiciário.
Como eu já disse anteriormente, fui escolhido para ser investigado e, agora, ao que parece, estou também sendo escolhido para ser denunciado, e ainda, figurando como o primeiro da lista. Não participei e não participo de qualquer acordão e certamente, com o desenrolar, assistiremos à comprovação da atuação do governo, que já propôs a recondução do Procurador, na tentativa de calar e retaliar a minha atuação política.
Respeito o Ministério Público Federal, como a todas as instituições, mas não se pode confundir trabalho sério com trabalho de exceção, no meu caso, feito pelo Procurador Geral. E, ainda, soa muito estranho uma denúncia divulgada às vésperas de manifestações vinculadas ao Partido dos Trabalhadores, que tem, dentre seus objetivos, o de me atacar.
Também é muito estranho não ter ainda nenhuma denúncia contra membro do PT ou do governo, detentor de foro privilegiado.
A evidência de que essa série de escândalos foi patrocinada pelo PT e seu governo, não seria possível retirar do colo deles e tampouco colocar no colo de quem sempre contestou o PT, os inúmeros ilícitos praticados na Petrobrás.
Estou com a consciência tranquila e continuarei realizando o meu trabalho como Presidente da Câmara dos Deputados com a mesma lisura e independência que sempre nortearam os meus atos, dentro do meu compromisso de campanha de ter uma Câmara independente. Esclareço ainda, que meu advogado responderá sobre os fatos específicos referidos na denúncia.
Em 2013, por outro motivo, fui denunciado pelo Ministério Público Federal. A denúncia foi aceita pelo pleno do Supremo Tribunal Federal por maioria e, posteriormente, em 2014 fui absolvido por unanimidade. Isso corrobora o previsto na Constituição Federal, da necessidade do Princípio da Presunção da Inocência.
Por fim, registro ainda que confio plenamente na isenção e imparcialidade do Supremo Tribunal Federal para conter essa tentativa de injustiça."






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