Estado Islâmico explode templo da era romana
Grupo jihadista tem destruído construções históricas desde que tomou o controle da cidade de Palmira em maio
DAMASCO — O chefe do Departamento de Antiguidades do governo sírio
Maamoun Abdul Karim afirmou que militantes do Estado Islâmico demoliram o
templo de Baal Shamin, uma das maiores relíquias arqueológicas da
cidade de Palmira.
A explosão do templo marca a primeira vez em que os insurgentes, que
controlam largas porções de território na Síria e no Iraque, e
capturaram Palmira em maio, destroem ruínas de templos da era romana.
Construído nos primeiros séculos da era cristã, o templo era dedicado ao
deus fenício dos raios e das tempestades. Uma reforma datada de 258
d.C. adicionou influência egípcia à arquitetura do santuário.
Há uma semana, jihadistas decapitaram Khaled Asaad, um acadêmico de 82
anos que trabalhou por mais de 50 anos como responsável pelas
antiguidades de Palmira, depois de detê-lo e interrogá-lo por mais de um
mês.
Membros do governo afirmam que retiraram centenas de estátuas antigas da
cidade antes que Palmira fosse capturada pelo Estado Islâmico, temendo
que elas fossem destruídas pelos jihadistas.
Em junho, o Estado Islâmico explodiu dois templos da Antiguidade em
Palmira. As construções não eram do período romano, mas aforam
consideradas pagãs e heréticas pelos membros do grupo.
Templo de Baal Shamin, em Palmira, na Síria. Estado Islâmico explodiu construção da era romana. |
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