Impeachment tem ao menos 261 votos na Câmara
— contrários chegam a 117 —
— contrários chegam a 117 —
Levantamento feito com 442 dos 513 deputados da Câmara mostra que
maioria votaria hoje pelo afastamento da Presidenta Dilma. Mesmo sob
assédio do Palácio do Planalto, parlamentares de partidos como PP e PR
ainda não aceitam defender Dilma.
Apesar de lideranças negociarem troca de uma maior participação no
governo por apoio, o levantamento registrava alto índice de deputados
favoráveis ao impeachment.
Enquanto avançava na negociação com o governo para assumir o Ministério
da Saúde, o maior orçamento da esplanada, deputados do PP, dono da
terceira maior bancada, declaravam que era urgente a saída da
Presidenta. Muitos deles disseram que não mudariam de posição caso o
partido assuma o controle de um ministério. A sigla já controla o
Ministério de Integração Nacional. Dos 42 parlamentares do PP
consultados, 24 disseram que votariam pela abertura do processo, 8
afirmaram ser contra e 10 falaram estar indecisos.
O PR, que hoje comanda o Ministério dos Transportes, negocia herdar a
pasta de Minas e Energia, por ora loteada ao PMDB. O partido tem uma
bancada de 40 deputados. Dos 26 consultados, 16 disseram que vão votar
sim para o impeachment, 4 são contra e 6 preferem esperar posicionamento
do partido.
A menos de duas semanas da data estimada para a votação do processo de
impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário da Câmara, 261
deputados afirmaram que votariam a favor da abertura do procedimento e
117 se posicionaram contra — 9 não quiseram se manifestar, 55 disseram
estar indecisos ou preferiam esperar a orientação partidária e 71
integrantes de 15 siglas não foram localizados.
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Para a abertura do processo de impeachment na Câmara são necessários 2/3
do plenário: 342 votos. Para arquivar o processo o governo precisa do
apoio de 171 deputados, entre votos a favor, faltas e abstenções. Entre
os que querem o impeachment já se fala em estender a sessão, que deve
ocorrer até o dia 15.abr.2016, se não houver recurso do governo, até o
domingo (17.abr.2016). O objetivo é atrair mais atenção da população
para uma batalha que os números mostram estar acirrada e ainda em
aberto.
No maleável clima do plenário em relação ao impeachment, não são poucos
os deputados que, mesmo com posição favorável ao impedimento, avaliam
que Dilma pode escapar do processo. “Tem um monte de gente dizendo que
não vem no dia da votação para não ficar mal com ninguém”, disse o
deputado Adalberto Cavalcanti (PTB-PE). “O melhor é vazar”, respondeu
quando questionado sobre sua posição.
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