sexta-feira, 15 de abril de 2016


Estados Unidos registram 1º caso de transmissão sexual de zika entre homens — morador de Dallas se contaminou pela picada de um mosquito na Venezuela e infectou seu parceiro pelo sexo desprotegido



O vírus zika


O vírus zika é recente e foi inicialmente identificado em Uganda, em 1947, em macacos. Posteriormente, foi identificado em seres humanos, em 1952, em Uganda e na República Unida da Tanzânia. Surtos da doença são registrados na África, Américas, Ásia e no Pacífico.

O vírus da zika pode ser transmitido pelo sexo anal, segundo divulgado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. A agência descreveu um caso de transmissão sexual entre homens em janeiro deste ano.
O caso, que foi previamente anunciado por autoridades de saúde no Texas sem identificar o gênero dos parceiros, foi o primeiro conhecido de transmissão sexual do zika nos Estados Unidos durante a atual epidemia.
Um morador de Dallas voltou contaminado pelo zika por uma picada de mosquito depois de ter visitado a Venezuela. Ele, então, infectou seu parceiro pelo sexo desprotegido após retornar. Ambos tiveram sintomas relativamente suaves da doença e não foi detectado sangue no sêmen dos homens.

Até agora, se sabia que o zika poderia ser transmitido por meio do sexo vaginal, de homem para a mulher, por meio de sêmen contaminado. Este é o primeiro caso de transmissão de um homem para outro, também através do sêmen.
Em países onde a infestação por Aedes aegypti é baixa, caso dos Estados Unidos, a via sexual é considerada a forma mais preocupante de contágio pelo zika. O caso reportado pelo Serviço de Saúde do Condado de Dallas é o de um homem que apresentou sintomas de zika dois dias após retornar de uma viagem de uma semana à Venezuela, país onde há transmissão de zika por mosquito desde novembro de 2015.
Identificado apenas como Paciente A, o homem teve manchas vermelhas pelo corpo, conjuntivite e dores e inchaços nas articulações. Os sintomas desapareceram após uma semana. Quatro dias após o surgimento dos sintomas no Paciente A, seu companheiro, identificado como Paciente B, começou a apresentar também sinais da doença. Ambos procuraram então o serviço médico. Amostras de sêmen, urina e saliva confirmaram a presença do zika. Como o Paciente B não deixou o Texas no período, pesquisadores do CDC concluíram que ele foi contaminado por meio de relações anais com seu parceiro.
O CDC destacou que o caso só reforça a necessidade de prevenir a transmissão sexual do zika com cuidados como o uso de preservativos de pessoas que venham de países onde há epidemia.

Microcefalia — Na quarta-feira (13.abr.2016), o CDC, afirmou que o vírus da zika provoca microcefalia e outras más-formações severas em fetos. Depois de fazer uma detalhada revisão de estudos recentes que têm mostrado crescentes evidências da associação entre o vírus e as más-formações, os cientistas do CDC afirmaram que “não há dúvidas de que o zika causa a microcefalia”.
“Esse estudo marca um ponto de virada na epidemia de zika. Agora está claro que o vírus causa microcefalia”, disse o diretor do CDC, Tom Frieden, em comunicado à imprensa.





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