Auxílio de vídeo à arbitragem só deve ser implantado
a partir de 2017
a partir de 2017
O árbitro Anderson Daronco com o ponto eletrônico durante jogo do Campeonato Brasileiro |
Vista com grande expectativa pela CBF como desafogo à arbitragem no
Brasileiro de 2016, o auxílio de vídeo (também chamado de
"videoarbitragem") não deve ser implantado oficialmente neste ano no
país. Em reunião com as federações interessadas no recurso no final
da semana passada, o Ifab (International Football Association Board,
entidade que define as regras do futebol) entregou protocolo que
unifica os procedimentos internacionalmente.
No documento, ficou determinado que até o final de 2016 somente
treinamentos e testes serão executados, com os árbitros analisando a
partida por vídeo, mas sem comunicação com o juiz em campo e sem
interferência no andamento da partida — os testes "offline". Também
estão autorizados os testes "online" em amistosos, com todas as
condições previstas no projeto de implantação da videoarbitragem
(veja arte abaixo).
Os testes em partidas oficiais estão previstos para começar, então,
em janeiro de 2017, e a implantação está programada para maio de
2018, a um mês da Copa do Mundo da Rússia.
"O uso de tecnologia em competições oficiais deve acontecer
provavelmente não antes do início de 2017", diz o protocolo da
entidade.
A Comissão de Arbitragem da CBF viu a determinação do Ifab como um
"balde d´água".
"No momento, fica adiado o nosso sonho", diz Manoel Serapião,
ex-árbitro, diretor da Escola Nacional de Arbitragem da CBF e
representante brasileiro no Ifab.
Sérgio Corrêa, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, disse a
CBF ainda tentará um último recurso em maio, quando sugerirão mais
uma vez que o auxílio de vídeo seja testado no Brasileiro deste ano.
"Não vamos desistir. O 'não' nós já temos, então vamos atrás do sim.
Vamos continuar com a nossa programação, seguir com os treinamentos
e os testes "offline", que queremos que comecem já em agosto",
explicou.
Inicialmente, as federações de Brasil, Estados Unidos e Holanda
estavam interessados na tecnologia. Atualmente, cerca de 12 também
querem, mas tem os projetos menos resolvidos. Também por isso, o
Ifab prefere adotar cautela quando à aplicação dos experimentos em
competições oficiais.
"A Holanda tem o projeto mais completo, mas o do Brasil está mais
próximo ao que o Ifab propõe", analisa Corrêa.
TESTES — Na proposta do Ifab, um assistente de vídeo terá acesso à
imagem e poderá ser acionado pelo árbitro principal.
A imagem poderá ser usada para validar ou não gol [impedimento, mão
na bola]; em casos de dúvidas em marcação de pênalti; para analisar
a aplicação de cartões vermelhos; e para evitar eventual expulsão de
atleta errado.
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