quinta-feira, 14 de abril de 2016


Debandada de parlamentares cresce e Planalto já reconhece situação crítica



Palácio do Planalto e líderes governistas no Congresso consideram que a situação política da presidente Dilma Rousseff no Congresso se agravou de maneira drástica com a debandada de partidos importantes da base aliada. Em privado, o governo reconhece a situação crítica e aposta nas ausências.
Outro ponto de preocupação dos governistas era o silêncio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao Senado.
Nos bastidores, o comentário é que o ex-presidente considera muito difícil barrar a abertura do processo de impeachment na Câmara no domingo (17.abr.2016). Tudo está sendo feito, porém, para evitar uma “derrota humilhante”. 
Segundo um auxiliar de Dilma, o Palácio do Planalto não pode ser humilhado porque, se isso ocorrer, não há chance de reverter o cenário no Senado.
Só na quarta-feira (13.abr.2016), 31 deputados anunciaram mudança de posicionamento, sendo 26 pelo afastamento da presidente. 
Embora avalie a situação de Dilma como “muito complicada”, Lula não jogou a toalha. Nos encontros que tem mantido com políticos, recorre a uma frase de impacto: “Pense que você será responsabilizado pelo que acontecer neste país”. Mas os movimentos do ex-presidente provocam dúvidas até no Planalto. Na sexta-feira (08.abr.2016), ao participar de encontro com estudantes e profissionais da Educação, em São Paulo, Lula reiterou críticas a Dilma e à política econômica do governo.




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