Debandada de parlamentares cresce e Planalto já reconhece situação crítica
Palácio do Planalto e líderes governistas no Congresso consideram que a
situação política da presidente Dilma Rousseff no Congresso se agravou
de maneira drástica com a debandada de partidos importantes da base
aliada. Em privado, o governo reconhece a situação crítica e aposta nas
ausências.
Outro ponto de preocupação dos governistas era o silêncio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao Senado.
Nos bastidores, o comentário é que o ex-presidente considera muito
difícil barrar a abertura do processo de impeachment na Câmara no
domingo (17.abr.2016). Tudo está sendo feito, porém, para evitar uma
“derrota humilhante”.
Segundo um auxiliar de Dilma, o Palácio do Planalto não pode ser
humilhado porque, se isso ocorrer, não há chance de reverter o cenário
no Senado.
Só na quarta-feira (13.abr.2016), 31 deputados anunciaram mudança de posicionamento, sendo 26 pelo afastamento da presidente.
Embora avalie a situação de Dilma como “muito complicada”, Lula não
jogou a toalha. Nos encontros que tem mantido com políticos, recorre a
uma frase de impacto: “Pense que você será responsabilizado pelo que
acontecer neste país”. Mas os movimentos do ex-presidente provocam
dúvidas até no Planalto. Na sexta-feira (08.abr.2016), ao participar de
encontro com estudantes e profissionais da Educação, em São Paulo, Lula
reiterou críticas a Dilma e à política econômica do governo.
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