Lula diz que não sairá das ruas se Dilma
for derrotada em impeachment
for derrotada em impeachment
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva |
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avisou a aliados que, caso o
governo não consiga barrar o processo de impeachment na Câmara, entrará
em campanha permanente e não sairá mais das ruas. O petista também
deixou claro que não pretende dar trégua a um eventual governo
capitaneado pelo vice-presidente Michel Temer.
Segundo pessoas próximas, o recado de Lula foi claro: "não estaremos
nessa de união nacional. Não vamos colaborar". A fala é uma referência à
pregação que Temer tem feito para se consolidar como a principal opção à
presidente Dilma Rousseff. O vice se define como homem aberto ao
diálogo e capaz de reunir diversos partidos para tirar o país da crise.
Lula pediu a colaboradores que antes dividiam seu tempo entre o auxílio a
ele e outras atividades que passassem a considerar dedicação integral
ao seu projeto. Ele orientou seu núcleo mais próximo a, caso o governo
seja derrotado, manter a base social do PT mobilizada contra o que chama
de "governo ilegítimo".
O PT já designou um nome para tratar da agenda do ex-presidente: Paulo
Frateschi, ex-secretário de relações governamentais do prefeito Fernando
Haddad (PT-SP).
O ex-presidente segue recebendo parlamentares e dirigentes partidários
no hotel em que montou uma espécie de sede anti-impeachment, em
Brasília, porque não quer parecer que lavou as mãos.
Lula tem pedido que os petistas trabalhem "até o último minuto de
domingo" (17.abr.2016), quando a Câmara vota o pedido de impeachment.
O ex-presidente viu com preocupação a debandada de partidos antes tidos
como fiéis ao governo, como o PP, PSD e PR. Disse que não é "impossível"
derrotar a tese do afastamento, mas que a situação está muito difícil.
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