Ameaça terrorista em solo brasileiro
Imagem de Maxime Hauchard capturada de vídeo de propaganda do EI — no destaque, o tuíte ameaçando o Brasil |
A Embaixada dos Estados Unidos em Brasília afirmou na quinta-feira,
14.abr.2016, estar atenta ao alerta para a ameaça terrorista em solo
brasileiro. “O governo dos Estados Unidos está comprometido a trabalhar
com países que partilham das mesmas preocupações, em um esforço contínuo
para enfraquecer e, finalmente, destruir o Estado Islâmico”, informou a
representação diplomática em nota enviada a reportagem.
O governo americano, porém, não negou nem confirmou eventual parceria
com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no sentido de detectar
ou combater a ameaça terrorista. Outras embaixadas ouvidas pela
reportagem preferiram não se manifestar sobre as políticas adotadas em
função da ameaça terrorista do EI ao Brasil.
A Grã-Bretanha, embora não tenha anunciado mudanças nas políticas de
defesa após o ocorrido, reforçou que “cooperação e inteligência são
importantes em casos de segurança”. O governo britânico frisou, no
entanto, que não comenta casos específicos.
A mesma posição de discrição foi adotada pela embaixada da Bélgica,
último país atacado pelo EI, que optou por não fazer comunicados sobre a
área de segurança e inteligência, apesar de frisar a boa relação que o
país mantém com o Brasil. “Nessas questões, é melhor evitar a
comunicação”, disse à reportagem o conselheiro de assuntos políticos da
embaixada belga no Brasil, Hendrik Roggen.
A embaixada francesa no Brasil afirma que recebeu a informação da Abin
pela imprensa e, por enquanto, nada muda em relação ao temor de
possíveis ataques do grupo terrorista no País.
Segundo a representação, já existe uma cooperação da França com as
Forças Armadas brasileiras para prevenir possíveis atos terroristas
durante os Jogos Olímpicos deste ano. A embaixada relata também que não
tem recebido nenhum comentário de Paris a respeito do anúncio.
Procurada, a embaixada da Rússia disse que não poderia comentar a
respeito do ocorrido. As representações de Arábia Saudita, Iraque,
Canadá e Austrália e Nigéria não retornaram os contatos da reportagem.
Os países também são alvos ou fazem parte das coalizões que atualmente
bombardeiam posições do grupo extremista sunita no Iraque e na Síria. Na
Nigéria, o Boko Haram jurou lealdade ao EI.
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