FBI pagou mais de US$ 1 milhão para desbloquear iPhone de terrorista da Califórnia — polícia federal americana recorreu a hackers para obter acesso a dados de casal que cometeu ataque em San Bernardino
Rizwan Farook e sua mulher Tashfeen Malik foram acusados de cometer o ataque de San Bernardino, que deixou 14 mortos |
O FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, pagou mais de US$ 1 milhão a
um hacker por uma ferramenta para desbloquear o iPhone que pertenceu a
um dos terroristas do atentado de San Bernardino, na Califórnia, em
dezembro de 2015, que terminou com a morte de 14 pessoas.
A informação foi dada pelo diretor do FBI, James Coney, em um fórum de
segurança em Londres. Ele não precisou a cifra exata, mas disse apenas
que o montante pago era mais do que ele deve ganhar no órgão pelos
próximos sete anos. O salário anual de Coney é de US$ 128 mil, o que
daria cerca US$ 1,26 milhão.
"Pagamos muito pela ferramenta", disse Coney. "Mas valeu a pena."
O FBI acessou o telefone de Rizwan Farook que, com sua mulher Tashfeen
Malik, foi responsável pela morte de 14 pessoas em dezembro na
Califórnia, após um longo litígio legal durante o qual a Apple se negou a
prestar ajuda.
A empresa alegava que, se atendesse ao pedido de colaboração do governo,
colocaria em risco a privacidade de todos os seus aparelhos.
Segundo o Washington Post, o FBI entrou em contato com os hackers, que
acharam um defeito de software não conhecido até então e repassaram a
informação aos agentes para que estes criassem uma peça de hardware que
lhes permitisse acessar o celular.
O método permitiu aos investigadores atacar o código pessoal de quatro
dígitos sem ativar um mecanismo de segurança usado pela Apple,
fabricante do aparelho, que teria eliminado todo o conteúdo do telefone
caso fossem introduzidos códigos incorretos mais de 10 vezes.
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