Presidiários erguem 'muro' do impeachment em Brasília
Detentos montaram muro de ferro que será usado durante as manifestações |
Um grupo de presidiários, monitorados por policiais militares, ergueu o
muro de ferro que, até o próximo fim de semana, vai dividir a Esplanada
dos Ministérios pelo meio. A estrutura de ferro separará grupos pró e
contra Dilma Rousseff durante as manifestações nos dias de votação do
afastamento.
O muro, já usado pelo governo no dia 7 de setembro do ano passado para
aplacar as manifestações contrárias à presidente Dilma Rousseff durante o
aniversário da Independência do Brasil, volta agora a ser erguido para
tentar evitar o confronto dos manifestantes.
Do lado direito da Esplanada, ficarão os manifestantes que pedem o
impeachment de Dilma. Do lado esquerdo, estarão aqueles que defendem a
continuidade do governo. O muro do impeachment só deverá ser desmontado
no fim da votação pela Câmara. O processo deverá ocorrer entre os dias
15 e 17 de abril.
No ponto mais próximo do Congresso Nacional, do lado direito, o
movimento Vem Pra Rua montou um placar do impeachment, fincando placas
de madeira com o rosto de cada um dos 513 deputados. Os parlamentares
foram separados entre os favoráveis, indecisos e contrários ao
impedimento da presidente.
Um forte esquema de policiamento foi montado para esta semana, com um
contingente que poderá chegar a até 4 mil policiais. O trânsito também
será desviado e terá operações especiais nos próximos dias. Por conta do
clima de tensão, agentes policiais e do corpo de bombeiros já foram
deslocados para o entorno do Congresso e do Palácio do Planalto.
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