Pacote de R$ 31,2 bi pode testar a confiança de empresários em Michel Temer — para equipe do vice, sucesso dos leilões, caso ele assuma a
Presidência, daria um recado imediato de retomada para o mercado e para a população
Em meio à tempestade política e econômica que trava o País, o vento pode
soprar a favor do Michel Temer em uma área crucial, caso o
vice-presidente venha a assumir de fato o governo: uma agenda bilionária
de projetos de concessões em infraestrutura que já estão em andamento.
Há quatro aeroportos, trechos de rodovias e terminais portuários que, se
leiloados ainda no segundo semestre deste ano, como se prevê, podem
atrair investimentos estimados em R$ 31,2 bilhões.
Liberação — Nesta semana, o TCU liberou ainda os estudos para concessão
da BR-364 e BR-365, entre os municípios de Jataí (GO) e Uberlândia (MG).
São mais R$ 2,8 bilhões previstos. Nas ferrovias, a Ferrogrão, que liga
o Mato Grosso ao Pará, tem a promessa de atrair R$ 10 bilhões das
tradings de grãos, maiores interessadas no empreendimento.
Há investidores interessados em todos esses empreendimentos, mas as
turbulências do País colocaram os investidores na defensiva. “Há um
desconforto com o quadro político”, disse o senador Blairo Maggi
(PR-MT), integrante de um grupo de gigantes do agronegócio que mira a
Ferrogrão. “Mas isso pode mudar rapidamente.” Ele cita como exemplo um
investimento em porto que seu grupo, o Amaggi, pretende fazer na
Argentina. “Ficou parado cinco anos, mas agora estamos olhando com
atenção.”
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