Novo terremoto de 7 graus atinge o sudeste do Japão
Grande deslizamento de terra invade vila em Minamiaso |
TÓQUIO — O Japão levantou um breve alerta de tsunami — que foi
rapidamente retirado — após um novo terremoto de magnitude 7,0 atingir a
região Sudeste do país na sexta-feira (15.abr.2016). Ao menos três
pessoas morreram e mais de 400 pessoas feridas, segundo um balanço de
hospitais locais. Na véspera, dois tremores deixaram ao menos nove
mortos e centenas de feridos no país. Após o novo abalo sísmico, subiu
para 18 o número de mortos.
O epicentro foi a 1 quilômetro da cidade de Kumamoto e teve profundidade
de 10 quilômetros, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos
(USGS).
O vilarejo inteiro de Nishihara foi esvaziado por temores de rompimento
de uma represa próxima. Estradas sofreram rachaduras. Hospitais com
estrutura já danificada pelos tremores do dia anterior foram esvaziados,
e pacientes vítimas da própria catástrofe tiveram de ser realocados.
Fábricas, empresas e transportes ferroviários suspenderam operações
provisoriamente.
Até mesmo o vulcão do Monte Aso, nas imediações da área atingida, entrou
em estado de erupção. Sem riscos às vilas vizinhas, ele expeliu uma
coluna de fumaça de mais de cem metros de altura.
Após os terremotos de sexta-feira (15.abr.2016), 44 mil pessoas foram
deslocadas por segurança para centros de acolhimento. Ao menos 14 mil
lares ficaram sem eletricidade. Houve cortes no fornecimento de gás e
água. Desde então, mais de 130 réplicas foram registradas na região.
O governo declarou estado de catástrofe natural e enviou ao local quase
6,5 mil homens, entre bombeiros, policiais e soldados — depois dos dois
abalos sísmicos na quinta-feira(14.abr.2016) — um dos quais havia
chegado a 6,5 graus. Equipes de socorro continuam em busca de
sobreviventes: ainda há pessoas sob escombros na cidade de Mashiki, onde
ao menos 20 casas foram derrubadas. Pelo menos 50 feridos estão em
estado grave.
Kumamoto e Mashiki ficam perto de três centrais nucleares (como a
importante usina de Sendai, onde os únicos reatores foram reativados
após 2011), mas não houve indicativo de risco aos locais após os sismos.
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