terça-feira, 12 de abril de 2016


Com 38 votos, comissão aprova parecer do impeachment — grupo contrário à continuidade do governo Dilma Rousseff conseguiu cinco votos a mais do que o mínimo necessário para a denúncia seguir para o plenário da Câmara dos Deputados






A Comissão Especial do Impeachment aprovou na segunda-feira, 11.abr.2016, com 38 votos, o parecer do relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), pela admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os parlamentares contrários ao parecer foram 27 e ninguém se absteve. Eram necessários ao menos 33 votos (maioria simples) dos 65 para referendar o documento.
Com base na decisão da comissão, o plenário da Câmara dos Deputados tem 48 horas para começar a votar o pedido de impeachment, formulado com base nas pedaladas fiscais. A votação deve ocorrer da próxima sexta-feira, 15.abr.2016, ao domingo, 17.abr.2016.
Apesar da recomendação da direção da Rede de apoiar o impeachment, o partido teve seu único titular na comissão, o deputado Aliel Machado (PR), votando contra o afastamento.
Ao final, os oposicionistas cantaram o hino nacional. Os aliados do governo deixaram a comissão gritando “golpistas”.
A derrota na Comissão Especial já era dada como certa pelo Palácio do Planalto, que concentra seus esforços em convencer os deputados federais do "baixo clero", aqueles menos conhecidos. O governo tem feito negociações avulsas, sob o comando do ex-presidente Lula, mirando PMDB, PP, PR, PSD e partidos nanicos.
O parecer favorável ao impedimento da presidente Dilma Rousseff foi aprovado por volta das 20h30 de segunda-feira, por 38 votos a favor e 27 contra. Não houve nenhuma abstenção. Dez partidos votaram a favor do parecer e 10 contra. Outros quatro partidos liberaram o voto da bancada.



O pedido de afastamento da presidente — para os opositores de Dilma, ela cometeu crime de responsabilidade
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Trâmites — Para o impeachment seguir adiante, é obrigatório que, no mínimo, 2/3 dos deputados federais, ou 342 parlamentares, votem pela admissibilidade do processo. O arquivamento ocorre caso o Planalto consiga, pelo menos, 171 votos, abstenções e faltas.
Se for aprovado na Câmara, o documento segue para o Senado, onde também é formada uma comissão para analisar o processo de impeachment. Após os trabalhos, a Casa vota pela admissibilidade ou não do parecer do colegiado.
Se não houver maioria simples dos senadores (41 ou mais parlamentares) a favor da saída de Dilma, o impeachment é arquivado.
Caso contrário, a presidente fica afastada por até 180 dias e tem 20 dias para apresentar sua defesa. O vice-presidente da República, Michel Temer, assume o cargo interinamente.
O Senado convoca, então, o presidente do Supremo Tribunal Federal para comandar nova sessão no plenário. Neste momento, para o impeachment ser concluído, é preciso receber, ao menos, 2/3 de votos favoráveis (equivalente 54 senadores) ao impeachment.
Se essa marca for alcançada, a presidente Dilma é destituída e fica impedida de assumir cargo público por oito anos.
Sem votos suficientes pelo impeachment, o processo é arquivado, e a petista volta para a Presidência da República.


O rito do impeachment — com mudanças determinadas pelos ministros do STF






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