Elizabeth II — rainha da Inglaterra — completa 90 anos
Elizabeth II, príncipe Charles, princesa Anne e duque de Windsor no
balcão do Palácio de Buckinghan após a cerimônia de coroação da rainha |
Elizabeth II — rainha da Inglaterra |
Na madrugada de 6 de fevereiro de 1952, morria no Palácio de
Sandringham, aos 56 anos, o rei George VI da Inglaterra. No mesmo dia,
sua filha mais velha, Elizabeth, de 25 anos, que se encontrava em missão
oficial no Quênia, voltou às pressas a Londres para ser proclamada
rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e de outros
reinos e territórios, líder da Comunidade Britânica (Commonwealth) e
defensora da Igreja Anglicana.
Elizabeth Alexandra Mary nasceu em 21 de abril de 1926, em Londres. Seu
pai, segundo na sucessão do trono inglês, se tornou rei em 1936 depois
que o irmão, Eduardo VIII, abdicou para se casar com Wallis Simpson, uma
americana divorciada. Nessa ocasião, a princesa se tornou a herdeira
presuntiva do trono. Elizabeth se dedicou com mais afinco ao estudo de
história, línguas e música. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45),
fez questão de ajudar e durante algum tempo dirigiu e consertou
caminhões de transporte dos serviços auxiliares.
Elizabeth casou-se em 20 de novembro de 1947 com Philip Mountbatten, um
primo distante que pertencia à nobreza grega, nomeado duque de
Edimburgo. Em 1952, a nova rainha herdava o que já não era o poderoso
Império Britânico. As antigas colônias aceitavam se unir à metrópole por
laços de amizade e cooperação, além da conveniência econômica.
Um dos grandes acontecimentos do mundo em 1953 foi a coroação de
Elizabeth II na Abadia de Westminster, no dia 2 de junho. Foi a primeira
a ser transmitida pela televisão, e toda a Inglaterra pôde assistir à
soberana receber, junto com seus direitos e obrigações, a coroa de
vários quilos, quatro rubis, 11 esmeraldas, 16 safiras, 273 pérolas e
2.783 diamantes.
No dia 9 de setembro de 2015, o reinado de Elizabeth II, bateu o recorde
e tornou-se o mais longo da História da Inglaterra. Aos 89 anos, ela
ultrapassou a marca da sua tataravó, a rainha Vitória, que ocupou o
trono por 63 anos, 7 meses, 2 dias, 16 horas e 23 minutos.
Monarca britânica é recebida por alunos nos jardins de Windsor |
A rainha Elizabeth II completa 90 anos com uma rotina intensa de
compromissos e sem dar pistas de que vá deixar a coroa em breve. Ela vem
de uma geração que sente que é uma fraqueza desistir de seus deveres. A
agenda acelerada da rainha impressiona os súditos: foram 341
compromissos oficiais em 2015.
Seus súditos preferem assim — questionados sobre se ela deve abdicar ou
se manter no trono pelo maior tempo possível, 70% dos ouvidos na semana
passada, em pesquisa Ipsos Mori para o King's College London, disseram
preferir que a rainha fique.
O senso de dever, a seriedade e seu afastamento de assuntos partidários
são algumas das características da rainha que a fazem popular.
Uma foto divulgada na véspera do aniversário de 90 anos da monarca, e que vai virar selo comemorativo, mostra a rainha e sua linha sucessória: os príncipes Charles, William e o pequeno e sorridente George.
Imagem criada pelo Correio britânico mostra as quatro gerações da
família real. Da esquerda para a direita: príncipe Charles, a rainha Elizabeth II, o príncipe George e o príncipe William |
Em entrevista à BBC, publicada na véspera dos 90 anos da avó, o
príncipe William, 33 anos, afirmou que, enquanto seu pai, Charles, 67, e a
rainha são bastantes ativos, ele consegue dividir seu tempo entre
tarefas da realeza, a família e seu trabalho como piloto de ambulância
aérea.
"Há uma linha de sucessão e estou agora mais para baixo", disse. "Quando
a rainha decidir distribuir mais responsabilidades, serei o primeira a
aceitar."
William se defende das críticas de que participa pouco de compromissos
da realeza e fala, com sutileza, de seu eventual papel na modernização
do reinado.
"Esse é o desafio para mim: como farei a família real relevante em 20
anos? Ou 40 anos, em 60, não tenho ideia de quando será", afirmou.
"Certamente, não perco o sono à espera [de ser rei], porque infelizmente
isso significaria que minha família partiu. E não quero isso."
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