sexta-feira, 15 de abril de 2016


PF prende suposto operador de campanhas do PT



A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã de sexta-feira (15.abr.2016) o empresário Benedito Rodrigues Oliveira Neto, conhecido como Bené, apontado como operador de campanhas do PT.
Ele foi detido em casa, pela manhã, em Brasília. E foi prestar depoimento na Superintendência da PF na capital federal.
A ação de sexta-feira (15.abr.2016) fez parte da Operação Acrônimo, que teve início com a investigação de supostas ilegalidades cometidas pela campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel.
O pedido de preventiva de Bené baseou-se numa suposta consultoria que ele prestou à montadora Caoa.
Um relatório da PF identificou indícios de que a empresa pagou propina a Bené, que é amigo de Pimentel, para obter benefícios fiscais junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), pasta que foi comandada pelo petista entre 2011 e 2014.
Mensagens telefônicas interceptadas pela PF indicam que Bené atuou como lobista da montadora. A investigação revela contatos do operador com o então ministro do MDIC, Mauro Borges, que chegou à Esplanada por indicação do governador mineiro, seu antecessor na pasta.
As informações constam no relatório da Operação Acrônimo, que apura, suspeitas de desvios de recursos para a campanha de Pimentel, em 2014, a suposta prática de tráfico de influência por parte do petista e também lavagem de dinheiro e corrupção. Bené chegou a ser preso na primeira etapa da operação, em maio do ano passado. Ele pagou fiança e foi liberado dias depois.



O empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, embarca no bimotor no qual foi preso


ACRÔNIMO — A operação é consequência da investigação que começou em outubro do ano passado, durante as eleições, com a apreensão do avião que acabara de pousar no aeroporto de Brasília vindo de Belo Horizonte.
Além de Bené, estava no avião Marcier Trombiere Moreira, ex-assessor do Ministério das Cidades — dominado pelo PP. Ele havia pedido licença do governo naquele ano para trabalhar na campanha de Pimentel, ex-ministro do governo Dilma Rousseff e eleito governador de Minas pelo PT.




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