Economistas consultadas pelo
Boletim Focus, do Banco Central, pioraram as expectativas
para inflação, Selic e PIB após processo de impeachment —
Documento aponta manutenção da Selic em 14,25% em 2016 —
Assim, o Brasil caminha para sua pior recessão desde os anos
1930, afundando ainda mais.
As instituições consultadas pelo Boletim Focus, do Banco Central
(BC), pioraram suas expectativas para inflação, Selic e Produto
Interno Bruto (PIB) após o início do processo de impeachment de
Dilma Rousseff na última quarta-feira (02.dez.2015).
A projeção para inflação neste ano subiu de 10,38% para 10,44%. Para
2016, avançou de 6,64% para 6,70%, acima do teto da meta (6,5%). A
leitura do mercado é a de que um processo de impeachment, seja qual
for seu desfecho, deteriore ainda mais os fundamentos econômicos.
A revisão das projeções de inflação também reflete, em parte, a
maior estimativa para a inflação de preços administrados, (de 17,50%
para 17,65% neste ano), e passou de 7,08% para 7,35% em 2016.
Selic — Com a inflação mais alta, os economistas consultados
pelo BC elevaram a projeção para a Selic em 2016 de 14,13% para
14,25%. Ou seja, os agentes de mercados já não acreditam que o Banco
Central (BC) faça os cortes anteriormente esperados. Na última ata
do Copom, o BC deixou ainda mais claro que pode voltar a subir juros
no próximo ano.
PIB — A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015
se deteriorou de queda de 3,15% para tombo de 3,50%. Chama a atenção
as constantes revisões do desempenho da atividade econômica faltando
menos de um mês para o fim do ano. Para 2016 a expectativa para o
PIB passou de -2,04% para -2,31%.
Dólar — A cotação prevista para a moeda norte-americana ao
fim de 2015 permaneceu em R$ 3,95 e, ao fim de 2016, a estimativa
continua em R$ 4,20 há 6 semanas.
A perspectiva para a dívida líquida do setor público subiu de 35,50%
para 35,55% do PIB neste ano e deve subir para 40%/PIB em 2016.
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