Polícia alemã prende 1º suspeito de
crime sexual no Ano-Novo em Colônia — a violência levou a protestos de
nacionalistas e da extrema-direita contra a chegada dos estrangeiros ao
país
A Polícia de Colônia anunciou na segunda-feira (18.jan.2016) que prendeu
um homem argelino de 26 anos que é o primeiro suspeito de ter cometido
um crime sexual durante as festas de Ano-Novo na cidade alemã.
O suspeito, que havia pedido asilo político na Alemanha, foi preso
durante o fim de semana em uma residência para refugiados em Kerpen,
perto de Colônia. Ele é acusado de tatear uma mulher para roubar seu
celular.
Segundo o porta-voz da Promotoria, Ulrich Bremer, outros dois argelinos
solicitantes de asilo, de 22 e 24 anos, foram presos em Kerpen e em
Aarchen, no oeste alemão, também suspeitos de roubo durante a
celebração.
Com eles, foram apreendidos dois telefones celulares roubados. Agora,
chegou a 21 o número de detidos pela polícia de Colônia que teriam
relação com a onda de violência da virada do ano.
Oito deles tiveram suas prisões temporárias convertidas em prisões
preventivas. Três semanas após o arrastão, foram feitas 766 denúncias de
crimes durante a virada, incluindo 381 de abuso sexual e três de
estupro.
Vítimas e testemunhas afirmam que os crimes foram cometidos por um grupo
de homens originários do Oriente Médio e do norte da África. A maioria
dos presos devido aos casos vêm destas regiões.
Manifestantes anti-islâmicos seguram cartaz em que diz "Maomé não é bem-vindo" em ato em Colônia |
A violência do Ano-Novo levou a protestos de nacionalistas e da
extrema-direita contra a chegada dos estrangeiros ao país. No ano
passado, a Alemanha recebeu um recorde de 1,1 milhão de solicitações de
asilo e refúgio.
Como resposta, a chanceler Angela Merkel enviou ao Parlamento um projeto
que facilita a deportação de refugiados e imigrantes que cometerem
crimes graves, como estupro e homicídio.
Na segunda-feira (18.jan.2016), a União Democrática Cristã, partido de
Merkel, concordou em incluir Argélia, Marrocos e Tunísia na lista de
países considerados seguros, diminuindo as chances de seus cidadãos de
receberem asilo ou refúgio.
A maioria dos refugiados vem do Norte da África e do Oriente Médio,
mesmas regiões de origem dos suspeitos da onda de crimes de Colônia. Nos
últimos dias, houve protestos em diversas partes do país contra os
refugiados.
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