terça-feira, 19 de janeiro de 2016




Polícia alemã prende 1º suspeito de crime sexual no Ano-Novo em Colônia — a violência levou a protestos de nacionalistas e da extrema-direita contra a chegada dos estrangeiros ao país



A Polícia de Colônia anunciou na segunda-feira (18.jan.2016) que prendeu um homem argelino de 26 anos que é o primeiro suspeito de ter cometido um crime sexual durante as festas de Ano-Novo na cidade alemã.
O suspeito, que havia pedido asilo político na Alemanha, foi preso durante o fim de semana em uma residência para refugiados em Kerpen, perto de Colônia. Ele é acusado de tatear uma mulher para roubar seu celular.
Segundo o porta-voz da Promotoria, Ulrich Bremer, outros dois argelinos solicitantes de asilo, de 22 e 24 anos, foram presos em Kerpen e em Aarchen, no oeste alemão, também suspeitos de roubo durante a celebração.
Com eles, foram apreendidos dois telefones celulares roubados. Agora, chegou a 21 o número de detidos pela polícia de Colônia que teriam relação com a onda de violência da virada do ano.
Oito deles tiveram suas prisões temporárias convertidas em prisões preventivas. Três semanas após o arrastão, foram feitas 766 denúncias de crimes durante a virada, incluindo 381 de abuso sexual e três de estupro.
Vítimas e testemunhas afirmam que os crimes foram cometidos por um grupo de homens originários do Oriente Médio e do norte da África. A maioria dos presos devido aos casos vêm destas regiões.



Manifestantes anti-islâmicos seguram cartaz em que diz "Maomé não é bem-vindo"
em ato em Colônia


A violência do Ano-Novo levou a protestos de nacionalistas e da extrema-direita contra a chegada dos estrangeiros ao país. No ano passado, a Alemanha recebeu um recorde de 1,1 milhão de solicitações de asilo e refúgio.
Como resposta, a chanceler Angela Merkel enviou ao Parlamento um projeto que facilita a deportação de refugiados e imigrantes que cometerem crimes graves, como estupro e homicídio.
Na segunda-feira (18.jan.2016), a União Democrática Cristã, partido de Merkel, concordou em incluir Argélia, Marrocos e Tunísia na lista de países considerados seguros, diminuindo as chances de seus cidadãos de receberem asilo ou refúgio.
A maioria dos refugiados vem do Norte da África e do Oriente Médio, mesmas regiões de origem dos suspeitos da onda de crimes de Colônia. Nos últimos dias, houve protestos em diversas partes do país contra os refugiados.






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