Balanço do TCU aponta falhas em 95% de obras vistoriadas na saúde
Investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) voltada para Unidades
Básicas da Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) detecta
“fiscalização deficiente da execução do programa, atrasos injustificados
nas obras e serviços” e no Mais Médicos apareceram “fragilidades na
supervisão” dos profissionais.
Em balanço divulgado na terça-feira (12.jan.2016), sobre as
investigações que fez na área da saúde, em 2015, o TCU diz ter realizado
auditorias em 43 municípios de dez Estados, detectando “fiscalização
deficiente da execução do programa, atrasos injustificados nas obras e
serviços” em 95% das obras vistoriadas.
Segundo o tribunal, “foram realizadas dez auditorias em obras
distribuídas em 10 Estados e 43 municípios, nos quais foram avaliadas a
construção de 119 UBS e 35 UPAs, no valor de, aproximadamente, R$ 137
milhões”.
No programa Mais Médicos, o tribunal identificou “fragilidades na
supervisão dos médicos integrantes do programa”. Uma das principais foi
que dos 13.790 médicos participantes, 31% — ou seja, 4.375 profissionais
— não possuíam supervisores indicados no sistema do Ministério da
Saúde.
Em entrevistas com 114 médicos, 35% disseram que “em algum momento houve
dificuldade de comunicação” devido a barreiras linguísticas.
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