Dilma teme que manifestações se
alastrem pelo País — Presidente pediu informações à sua assessoria sobre
as cidades que aumentaram as tarifas de ônibus
Reajuste das passagens de ônibus — tarifa passou de R$ 3,50 para R$ 3,80 |
Preocupada com o recrudescimento de manifestações, agora em São Paulo,
por conta do aumento das tarifas de transportes, a presidente Dilma
Rousseff pediu informações à sua assessoria sobre os últimos
acontecimentos. Dilma teme que, em meio aos problemas econômicos e
políticos que está enfrentando, este tipo de manifestação, que na
sexta-feira passada (08.jan.2016) atingiu Rio de Janeiro, Belo Horizonte
e também São Paulo, se torne repetitivo e possa se alastrar para outras
cidades, onde também houve aumento de tarifa de transportes urbanos.
A presidente quis saber em quais cidades as passagens haviam aumentado,
qual o valor do aumento e como isso estava sendo recebido nos diferentes
pontos do País. Não há ainda uma orientação do Planalto ou a tentativa
de conversas com segmentos diferentes sobre este assunto. O que o
governo federal não quer é que se espalhe pelo País um clima de
turbulência por conta destes aumentos, em um momento em que a população
começa a ser atingida pelo desemprego e alta dos preços e,
consequentemente, da elevação da inflação.
O movimento de terça-feira (12.jan.2016), em São Paulo, foi organizado
pelo Movimento do Passe Livre. Os manifestantes pedem a revogação do
reajuste das passagens cuja tarifa passou de R$ 3,50 para R$ 3,80 no
sábado passado (09.jan.2016). Nos protestos de sexta-feira passada
(08.jan.2016), mascarados quebraram ônibus, bancos e prédios públicos e
privados.
No Rio de Janeiro, a tarifa subiu no sábado, dia 2 de janeiro, de R$
3,40 para R$ 3,80, o que representou aumento de 11,7%. Em Belo
Horizonte, a tarifa passou de R$ 3,40 para R$ 3,70 no dia 3 de janeiro,
sofrendo aumento de 8,82%. Foi o terceiro reajuste em um ano na capital
mineira.
A preocupação maior do governo é que, com tantos ingredientes negativos,
eles possam ser capazes de reascender protestos pelo País, repetindo o
que houve em 2013. Em junho de 2013, uma série de protestos do Movimento
Passe Livre (MPL) marcou o anúncio de aumento nas tarifas de transporte
público, que, à época, seria de R$ 3 para R$ 3,20, obrigando o prefeito
petista Fernando Haddad a recuar.
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