quarta-feira, 20 de janeiro de 2016




Brasil não cumprirá meta de universalização do ensino em 2016






O Brasil ainda tem mais de 2,7 milhões de crianças e adolescentes fora da escola, o que representa 6,2% do total da população de 4 a 17 anos. Este é o último ano que o País tem para garantir que todos nesta faixa etária estejam devidamente matriculados. Especialistas preveem descumprimento da meta. O país não vai alcançar, neste ano, a universalização do atendimento para crianças e adolescentes (entre 4 e 17 anos), como havia sido definido em emenda constitucional de 2009.
Apesar de o direito à educação estar previsto na Constituição e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a obrigatoriedade da matrícula só era definida para jovens de 6 a 14 anos. Em 2009, uma Emenda Constitucional ampliou essa garantia para as crianças de 4 e 5 anos e para os adolescentes de 15 a 17 anos, com a universalização de oferta exigida até 2016.
Dados reunidos pela ONG Todos pela Educação mostram que o acesso à educação básica cresceu nos últimos dez anos. O percentual de matriculados nas escolas passou de 89,5% em 2005 para 93,6% em 2014 — números mais recentes disponíveis.
Os avanços foram maiores em estratos sociais historicamente mais vulneráveis: entre os 25% mais pobres, em comparação com os 25% mais ricos; na zona rural, em comparação com a área urbana; e entre negros e pardos, em comparação com brancos.
Um dos entraves para a universalização, agora, é o acesso para crianças com necessidades especiais. Outro ponto que deve ser atacado é a taxa de abandono no ensino médio, que chega a 9,5% no primeiro ano. O desafio é entender cada motivo que levou o aluno a abandonar a escola, seja por morar longe do colégio ou até por um problema de falta de acessibilidade.
A crise econômica que atinge o orçamento do governo federal, dos estados e das prefeituras é outra preocupação, já que a diminuição de recursos pode retardar a velocidade dos avanços ou até mesmo impor retrocessos. Os impactos nos índices da educação podem ser sentidos já em 2016. Os cortes (orçamentários) podem ter reflexo na qualidade e também nas matriculas, porque o aumento da oferta tem relação direta com custo. Tem que construir mais escolas, contratar mais professor, comprar mais material ... a falta de recurso tem reflexo direto nisso.







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