sexta-feira, 8 de janeiro de 2016




MEC divulga resultados do Enem 2015 — maior avaliação de estudantes no país, é utilizado como processo seletivo na graduação por universidades públicas e particulares — 7,7 milhões de estudantes inscritos — 25,5% de abstenção no exame, o menor índice da história



O Ministério da Educação divulgou na sexta-feira (08.jan.2016) o resultado do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2015. A consulta deve ser feita apenas no site do Inep [confira sua nota], com o CPF e a senha do candidato.
Com a nota em mãos, os candidatos poderão usá-la já na próxima segunda-feira (11.jan.2016) para se inscrever no Sisu (Sistema de Seleção Unificada).
O sistema possibilita que o estudante use a nota do Enem para entrar em diversas universidades públicas, como a Unesp (Universidade Estadual Paulista) e a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). O único requisito é ter tirado nota acima de zero na prova de redação.
Ao todo, são 228 mil vagas distribuídas em 131 instituições públicas de todo o país que participam do Sisu 2016 sistema de seleção unificada no ensino superior, que considera o Enem como critério de escolha. O processo de inscrição começa na próxima segunda-feira (11.jan.2016), e se encerra na quinta-feira (14.jan.2016). O resultado da chamada única do Sisu será divulgado no dia 18.jan.2016. As vagas do Sisu estão disponíveis no site do sistema. Não há cobrança de taxa para inscrição no Sisu.
Pela primeira vez, neste ano a USP também tem vagas selecionadas pelo Sisu. São 13,4%, ou 1.489, das novas matrículas na estadual paulista que serão preenchidas por candidatos via Enem.
A edição deste ano do Enem teve 7,7 milhões de inscritos, mas 25% deles (1,9 milhão) não participaram dos dois dias de testes. Esse foi o menor índice de abstenção desde 2009.
O valor gasto para aplicar o Enem neste ano ainda não foi informado pelo Ministério da Educação. Em 2014, o teste custou R$ 540 milhões.


De acordo com dados do Inep, matemática e linguagens foram as áreas do conhecimento com desempenho máximo superior a 2014: nesta edição, a nota máxima em matemática chegou a 1.008,3. No Enem 2014, a nota mais alta foi de 973,6 pontos.
"A tendência de aumento no desempenho em matemática comprova a melhor qualificação dos participantes nesta área", diz o instituto, responsável pelo exame. O desempenho mínimo em matemática, de 280,2 foi inferior ao registrado em 2014 (318,5). Ciências da natureza e ciências humanas tiveram pequena queda no desempenho máximo dos participantes.

TREINEIROS
Na sexta-feira (08.jan.2016), não estarão disponíveis, no entanto, as notas dos chamados treineiros, que fazem o exame antes de concluir o ensino médio.
Segundo o edital da última edição do Enem, os resultados de estudantes menores de 18 anos no momento da prova e que vão concluir a educação básica após 2015 só terão acesso às notas dois meses após a divulgação geral. Ao todo, 1,1 milhão dos 7,7 milhões de inscritos têm esse perfil.
Com a medida, esse grupo também fica impossibilitado de disputar as vagas no Sisu de início de ano, sistema de seleção unificada de instituições públicas, que abre a partir da próxima segunda-feira (11.jan.2016).

HISTÓRICO
O Enem foi criado em 1998 apenas com a intenção de avaliar os estudantes que terminavam o ciclo básico de ensino. A intenção do governo era adotar novas estratégias de ensino de acordo com os resultados obtidos.
Mas a prova se transformou no maior vestibular do Brasil e um dos maiores do mundo após passar a ser usada em 2009 como processo seletivo de universidades particulares brasileiras.
Isso ocorreu após o então ministro da Educação, Fernando Haddad, criar o ProUni (Programa Universidade para Todos), que oferece bolsas de até 100% para estudantes de baixa renda com base na nota do Enem.
Posteriormente, a prova passou a atrair ainda mais alunos depois da criação do Fies (Financiamento Estudantil), que permite que o estudante comece a pagar o curso universitário 18 meses após se formar, e do Sisu.
Neste ano, porém, a taxa de juros do Fies, que era de 3,4% ao ano, vai passar para 6,5%. Quem aderir ao financiamento paga ainda uma taxa de até R$ 150 a cada três meses durante o curso, referente aos juros do contrato.






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