sexta-feira, 8 de janeiro de 2016





Marina afirma que Dilma não tem mais liderança política no país




A ex-senadora Marina Silva


Terceira colocada na disputa pela Presidência da República em 2014, a ex-senadora Marina Silva (Rede) afirmou que impeachment não é golpe, que a presidente Dilma Rousseff (PT) não tem mais liderança política no país e que o melhor caminho é o processo que está no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que poderia resultar na cassação inclusive do vice, Michel Temer (PMDB).
Marina criticou o governo Dilma. "Mais que os problemas econômicos [temos] o político, porque nós temos uma presidente que na verdade não tem mais a liderança política no país, tem baixíssima popularidade, não tem maioria no Congresso."
Para ela, o impeachment é um instrumento previsto na Constituição. "Já foi feito uma vez contra [ex-presidente Fernando] Collor [hoje no PTB], foi pedido pelo PT várias vezes em relação a outros governos e eles achavam que não era golpe."
Segundo a ex-senadora, o melhor caminho para o Brasil é o processo que está no TSE, "porque teria a cassação da chapa, se forem comprovadas as graves denúncias de que o dinheiro da corrupção foi usado na campanha do vice-presidente e da presidente da República", disse.
Na última pesquisa Datafolha, Marina chegou a ser citada por 24% dos entrevistados em dois dos quatro cenários apontados. Ela disse não ter tomado uma decisão sobre ser candidata novamente à Presidência da República em 2018.
Reflexos. A ex-candidata à presidência citou como reflexos da crise a alta da inflação, o desemprego e a diminuição dos benefícios de quem perdeu os empregos. "Foi dificultado o seguro-desemprego. A sociedade brasileira está pagando um preço muito alto por um governo que está há 12 anos no poder e que não soube fazer o que era necessário no tempo certo. Ocultou os problemas do Brasil em prejuízo do Brasil para poder ganhar a eleição", disse.
Marina afirmou que, enquanto outros países se mobilizaram para resolver os problemas provocados pela crise na economia global, o Brasil afirmava que não tinha sido atingido. "[Diziam] Que era apenas uma marolinha, chegando inclusive a querer dar lição de moral para a Alemanha."
Questionada se a presidente Dilma mentiu durante a campanha eleitoral de 2014, Marina afirmou que "ela não disse a verdade". "Se tivesse trabalhado com a verdade, teria assumido que estávamos correndo um grave risco em relação aos inúmeros problemas que temos, de políticas erráticas na economia, que vêm desde 2008, quando o governo não fez seu dever de casa."






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