Rombo bilionário
Apesar das bandeiras tarifárias, que renderam 6,8 bilhões de reais entre
janeiro e julho, de acordo com dados do próprio governo, o rombo das
distribuidoras fechou em 1,5 bilhão de reais – um vermelho que cairá
novamente no colo dos consumidores.
Mas se fosse só (só?) isso, os consumidores poderiam até respirar
aliviados. A bomba, no entanto, é de teor explosivo muito maior. Aos
números:
- Em novembro, começa a ser cobrado o empréstimo de 21 bilhões de reais que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica deu às distribuidoras no ano passado.
- Há também um buraco de 50 bilhões de reais referente ao pagamento às geradoras por causa do déficit hídrico. Este valor, no entanto, ainda está sem data definida para a cobrança.
- E mais 5 bilhões de reais a título de indenização das transmissoras de energia que tiveram suas concessões antecipadas, também ainda sem dada definida para início de cobrança.
Ou seja, são, por enquanto, 77,5 bilhões de reais que terão que ser
pagos nos próximos anos. Não é preciso ser vidente para prever que o
custo da energia vai aumentar muito, assim como a inflação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário