Indústria se prepara para voltar a exportar
Com a alta do dólar, empresas começam a adaptar sua produção para vender lá fora
Com o câmbio mais favorável e o mercado interno em queda, exportar é uma
das poucas alternativas para empresas brasileiras. Há um movimento
intenso em vários setores para recuperar mercados perdidos. A reação
ainda não aparece na balança comercial, que aponta queda de 8% nas
vendas externas de manufaturados neste ano em relação ao anterior, mas
já anima segmentos industriais.
O movimento ainda não será suficiente para reverter o déficit na balança
de manufaturados mas, pelas contas da Associação de Comércio Exterior
do Brasil (AEB), o saldo negativo será menor este ano. "Devemos sair de
um déficit de US$ 109 bilhões em 2014 para US$ 82 bilhões", calcula o
presidente da AEB, José Augusto de Castro. "O Brasil ficou muito tempo
fora de mercados importantes, como Estados Unidos, e o retorno não é
imediato."
Várias empresas, contudo, já estão se beneficiando da desvalorização do
real, de 28% até agora, além do desempenho favorável do mercado
americano e de economias dolarizadas.
Segundo José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, o câmbio é
importante, mas, sem inovação, exportar é difícil. "E inovar leva pelo
menos dois anos, por isso quem está conseguindo exportar são empresas
que já estão preparadas."
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