PGR de Portugal recebeu pedido para colaborar com investigações da Lava-Jato
Instituição diz que pedido enviado pelo Brasil tem natureza sigilosa.
Primeiro-ministro português afirma que Lula não pediu ‘jeitinho’ para favorecer Odebrecht.
Primeiro-ministro português afirma que Lula não pediu ‘jeitinho’ para favorecer Odebrecht.
Brasão de armas de Portugal |
A Procuradoria-Geral da República de Portugal confirmou ter recebido um
pedido de cooperação internacional para colaborar com as investigações
da Operação Lava-Jato no Brasil. O pedido, segundo a PGR de Portugal,
tem caráter “reservado” e o teor não pode ser divulgado.
“Confirma-se a recepção de pedido de cooperação judiciária
internacional, através de carta rogatória. O teor do pedido formulado
pelas autoridades brasileiras é de natureza reservada. O Ministério
Público português não deixará de investigar todos os factos com
relevância criminal que cheguem ao seu conhecimento”, diz nota da PGR de
Portugal.
A reportagem entrou em contato com a Procuradoria-geral da República do
Brasil, que confirmou o pedido de cooperação, mas também não deu
detalhes sobre o teor da solicitação.
Telegramas do Ministério de Relações Exteriores relatam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria feito lobby
junto ao primeiro-ministro português Pedro Passos Coelho a favor da
empreiteira Odebrecht, que disputava uma licitação naquele país. Em
entrevista à imprensa portuguesa Passos Coelho afirmou que Lula não lhe
pediu qualquer “jeitinho” para beneficiar a empreiteira.
— O ex-presidente Lula da Silva não me veio meter nenhuma cunha para
nenhuma empresa brasileira. Para ser uma coisa que toda a gente perceba
direitinho, é assim. Não me veio dizer: há aqui uma empresa que eu
gostava que o senhor, se pudesse, desse ali um jeitinho. Isso não
aconteceu. E nem aconteceria, estou eu convencido, nem da parte dele,
nem da minha parte — disse o primeiro-ministro português.
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