quarta-feira, 29 de julho de 2015


Celular é principal forma de acesso à internet pelos jovens
Computador foi superado pela 1ª vez, diz o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação

Os jovens brasileiros já acessam mais a internet pelo celular do que pelo computador, segundo pesquisa realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br). Dos 2.105 jovens ouvidos, com idades entre 9 e 17 anos, 82% disseram navegar na internet pelo celular, 56% pelo computador e 32% por tablets.
A pesquisa foi realizada de outubro de 2014 a fevereiro de 2015 e entrevistou jovens de 129 cidades (capitais, regiões metropolitanas, interior), em áreas urbanas e rurais. A faixa etária dos 10 aos 17 anos foi a que apresentou maior percentual de usuários de internet, 77% do total. Dos jovens com acesso a internet nessa idade, 81% disseram usar a internet todos os dias.
A pesquisa mostrou que o principal motivo pelos quais os jovens acessam a internet é para acessar as redes sociais, 73%, seguido do uso para trabalhos escolares, 68%, e para a pesquisa de assuntos variados, 67%. Dos jovens entrevistados, 79% disseram ter perfil em ao menos uma rede social. Sendo que a maioria, 78% têm perfil no Facebook, 24% no Instagram e 15% no Twitter.


CAMPANHA PARA O USO RESPONSÁVEL DA REDE
Diante do contexto — que mostra o crescimento exponencial do uso diário da internet e como tem sido acessado de forma individualizada pelos jovens —, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou em associação com o Google e a ong Safernet Brasil, uma campanha voltada para o uso responsável da internet entre os jovens. Batizada de "Internet sem vacilo", a campanha conta com a participação dos youtubers Pyong Lee e Jout Jout, bastante populares entre o público adolescente.
A iniciativa vai contar com vídeos dos dois sobre cyberbulling e sexting, privacidade, amizade e relacionamentos on-line, busca com segurança, além de preconceito e intolerância na rede.
— A ideia da campanha é respeitar a autonomia e munir o adolescente de informação para que ele tome atitudes responsáveis na rede, não só consumindo conteúdo, mas também produzindo conteúdo. Queremos cativar esse público, convidando-o para a reflexão na sua atitude on-line, de uma forma informal e bem-humorada. Por isso a participação do Pyong Lee e da Jout Jout — afirma Gabriela Mora, especialista da área de cidadania dos adolescentes do Unicef.
Ainda de acordo com Gabriela — É importante entendermos como esses jovens estão usando a internet para que nós possamos orientá-los e oferecer as melhores ferramentas para que eles se protejam. Porque não adianta falar em controle, é impossível controlar o que eles fazem na internet, mas sim orientar. Certo nível de risco faz parte do aprendizado, é importante reconhecer a autonomia do adolescente. Essa faixa etária tem como característica a conquista de autonomia, a construção da identidade e a capacidade de interagir com várias pessoas.
Dos jovens que foram ouvidos pela pesquisa, 15% disseram que já foi tratado de maneira ofensiva na internet, 21% afirmaram já ter recebido alguma mensagem de ódio e 10% disseram já ter tido as informações pessoais usadas de forma que não gostou.
— Por isso, nós criamos a campanha com base na reflexão de cinco temas: o cyberbullying, privacidade, amizades e relacionamentos online, busca de informações com segurança e o preconceito e intolerância — disse Gabriela.

Mais informações sobre a campanha podem ser encontradas no site internetsemvacilo.org.br, onde, além de assistir vídeos sobre os temas mencionados, os jovens vão poder realizar um quiz sobre o uso que fazem da rede e participar de um concurso para a criação de peças sobre os temas — os vencedores vão participar de uma visita ao YouTube Space, em São Paulo.



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