segunda-feira, 27 de julho de 2015


O VEREDITO DO JUIZ


Por que Sergio Moro condenou os executivos da Camargo Corrêa


COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA


PETROBRASCAMARGO CORRÊAINTERMEDIÁRIOSPAULO ROBERTO COSTA


  • Petrobras — Segundo Moro, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa recebeu propina para facilitar negócios da Camargo Corrêa com a estatal nas obras das refinarias de Abreu e Lima (PE) e Presidente Getúlio Vargas (PR)
  • Camargo Corrêa — Os contratos da Camargo com a Petrobras eram superfaturados para permitir desvios dos cofres da estatal para os beneficiários do esquema
  • Intermediários — A Camargo repassava o dinheiro a fornecedores e prestadores de serviço que, por sua vez, firmavam contratos fictícios com empresas de fachada controladas pelo doleiro Alberto Youssef

OS EXECUTIVOS E SEUS CRIMES


crime DALTON AVANCINI EDUARDO LEITE JOÃO AULER
ex-executivo da Camargo Corrêa, tornou-se delator do esquema ex-executivo da Camargo Corrêa, tornou-se delator do esquema ex-presidente do conselho de administração da Camargo Corrêa
Corrupção ativa Participava de reuniões com Alberto Youssef e acertou o pagamento de propina nos contratos das refinarias Abreu e Lima e Presidente Getúlio Vargas Confirmou o pagamento de propina de 1% sobre os valores dos contratos da Camargo Corrêa com a diretoria de Abastecimento Disse que foi procurado por Youssef para tratar de propina, mas que o encaminhou ao seu subordinado, Leite, e negou envolvimento no esquema. Juiz classificou depoimento de executivo como "inverossímil"
Lavagem de dinheiro Ajudou a providenciar os repasses de propina a Paulo Roberto Costa, por meio de um contrato fictício com uma empresa de consultoria do ex-diretor, e às empresas de Youssef, por meio da Sanko Admitiu ter se reunido com Youssef e Márcio Bonilho, da Sanko, para tratar de propina -a maior parte encaminhada por meio de contratos da Camargo com a Sanko, que enviava o dinheiro a empresas de Youssef INOCENTADO: Para Moro, não há provas de que Auler tenha se envolvido nas tratativas acerca de como a propina seria repassada
Organização criminosa Para o juiz, havia um plano compartilhado para a prática de crimes em série pelo grupo, comprovado pela atuação do cartel de empreiteiras na estatal, pagamento de propina e lavagem de dinheiro Para o juiz, havia um plano compartilhado para a prática de crimes em série pelo grupo, comprovado pela atuação do cartel de empreiteiras na estatal, pagamento de propina e lavagem de dinheiro Para o juiz, havia um plano compartilhado para a prática de crimes em série pelo grupo, comprovado pela atuação do cartel de empreiteiras na estatal, pagamento de propina e lavagem de dinheiro
Penas 15 anos e 10 meses de prisão + multa de R$ 1,2 milhão 15 anos e 10 meses de prisão + multa de R$ 900 mil 9 anos e 6 meses de prisão + multa de R$ 288 mil


O QUE ACONTECEU COM OS OUTROS RÉUS


Adarico Negromonte Filho ADARICO NEGROMONTE FILHO
> Irmão do ex-minisro das Cidades
Inocentado das acusações de lavagem de dinheiro e organização criminosa. O juiz entendeu que não havia provas para condená-lo por transporte de valores em espécie

Márcio Bonilho MÁRCIO BONILHO
> Executivo da Sanko
Inocentado da acusação de corrupção ativa, foi condenado por lavagem de dinheiro, mas o juiz entendeu não haver provas de que ele sabia que os recursos iam para Paulo Roberto Costa

Waldomiro de Oliveira WALDOMIRO DE OLIVEIRA *
> Funcionário de Youssef
Era acusado de lavagem de dinheiro. Juiz entendeu que fatos apresentados faziam parte de um mesmo ciclo de lavagem, pelo qual ele já foi condenado em ação anterior

Jayme Alves de Oliveira Filho JAYME ALVES DE OLIVEIRA FILHO
> ex-agente da PF
Condenado por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Delação, tabelas, mensa- gens, visitas a escritório e depoimento à PF provam que Jayme levava dinheiro do esquema em espécie

Alberto Youssef ALBERTO YOUSSEF *
> Doleiro
Condenado por corrupção passiva. Intermediou os repasses de propina a Paulo Roberto Costa

Paulo Roberto PAULO ROBERTO *
> Ex-diretor da Petrobras
Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Recebeu R$ 2,7 mi de propina da Camargo Corrêa em um con- trato de consultoria fictício

* Réus já foram condenados por organização criminosa pelo mesmo fato em outra ação 


Nenhum comentário:

Postar um comentário