Executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez são transferidos para presídio
Oito executivos das duas maiores
construtoras do País foram transferidos da carceragem da PF, em
Curitiba, para complexo penal do Estado, por determinação da Justiça
Os oito presos da 14ª fase da Operação Lava Jato, entre eles os
presidentes das construtoras Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, e
Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, foram transferidos na
manhã de sábado, 25.jul.2015, por volta das 10 horas, para o Complexo
Médico Penal, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato,
determinou a transferência atendendo pedido da Polícia Federal. O pedido
de transferência dos 8 presos da Operação Erga Omnes, como foi batizada
a 14ª fase da Lava jato, seria porque o espaço da custódia da
superintendência da PF, em Curitiba, é pequeno.
No Complexo, para onde foram levados os executivos na manhã de sábado
(25.jul.2015), não há chuveiro individual, ou seja, o banho é coletivo. E
o vaso sanitário é o chamado ‘boi’, um buraco no chão – o preso tem de
ficar de cócoras, sentado sobre os calcanhares.
As celas do presídio são “no mínimo 80% maiores” que as mais amplas
celas da Superintendência da PF na capital paranaense. As visitas podem
ser realizadas às sextas-feiras, “no período vespertino, no pátio do
complexo”.
O juiz Sérgio Moro concordou com os argumentos do delegado federal Igor
Romário de Paula, que “a carceragem da Polícia Federal, apesar de suas
relativas boas condições, não comporta, por seu espaço reduzido, a
manutenção de número significativo de presos”. ”Por outro lado, a ala
específica do Complexo Médico Penal disponibilizada pela Secretaria de
Segurança Pública do Paraná é local adequado para a acomodação dos
presos no sistema prisional estadual, talvez até com melhores condições
do que as da carceragem da Polícia Federal.”
Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo estão presos desde 19 de
junho. Na sexta-feira (24.jul.2015), todos foram denunciados formalmente
pelo Ministério Público Federal.
Seus advogados afirmam que eles não têm envolvimento com o esquema de corrupção instalado na Petrobrás.
O Complexo Médico Penal já abriga outros investigados e réus da
operação, como o ex-diretor de Serviços Renato Duque, o lobista e
operador de propinas do PMDB Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando
Baiano, e os ex-deputados André Vargas (ex-PT, hoje sem partido) e Pedro
Corrêa (ex-PP).
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