domingo, 2 de agosto de 2015


Policiais militares e civis gaúchos mostram indignação com parcelamento de salário

Protestos de policiais militares e civis foram realizados pelo interior do Rio Grande do Sul. A cena que vem se repetindo nos últimos dias, com bonecos de policiais pendurados em viadutos e pneus queimados em rodovias, foi registrada novamente em cidades como Rio Grande, Carazinho, Santana do Livramento e Santiago.
A categoria está descontente com o parcelamento do salário de julho dos servidores estaduais. A medida foi anunciada na sexta-feira (31.jul.2015) de forma oficial pela Secretaria da Fazenda, mas já havia sido confirmada pelo vice-governador José Paulo Cairoli. O motivo da decisão, conforme o governo, são as quedas no orçamento nos últimos meses.
A última vez que os servidores tiveram os salários parcelados foi em 2007, durante o governo de Yeda Crusius.
Ao explicar os motivos que levaram o governo a parcelar os salários, o secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, afirmou que a crise financeira pode se agravar ainda mais nos próximos meses.

Em Rio Grande, boneco com farda policial foi pendurado em viaduto

Paralisações programadas
Os servidores estaduais, policiais e também outros setores, programaram uma paralisação das atividades para segunda-feira (03.ago.2015).
Na segurança pública, reuniões com associações de servidores da Brigada Militar e Corpo de Bombeiros, e também da Polícia Civil, decidiram que irão paralisar as atividades durante 24 horas, justamente em protesto contra o parcelamento de salários. A orientação é que somente casos de emergência sejam atendidos. Não deverá haver policiamento ostensivo. As associações sugerem aos servidores que permaneçam em quartéis e delegacias.
Na educação, os professores da rede estadual aprovaram a paralisação. A orientação da categoria é para que os pais não levem os filhos para as escolas estaduais.
Na área da saúde, que é municipalizada, a paralisação de servidores estaduais não deve ter  impacto significativo sobre postos e hospitais. Mesmo assim, os funcionários estaduais da área de saúde foram orientados a cruzar os braços, diz a Federação Sindical dos Servidores Públicos no Estado (Fessergs).

Faixa foi pendurada, e pneus foram queimados em estrada de Santiago


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