Policiais militares e civis gaúchos mostram indignação com parcelamento de salário
Protestos de policiais militares e civis foram realizados pelo interior
do Rio Grande do Sul. A cena que vem se repetindo nos últimos dias, com
bonecos de policiais pendurados em viadutos e pneus queimados em
rodovias, foi registrada novamente em cidades como Rio Grande,
Carazinho, Santana do Livramento e Santiago.
A categoria está descontente com o parcelamento do salário de julho dos
servidores estaduais. A medida foi anunciada na sexta-feira
(31.jul.2015) de forma oficial pela Secretaria da Fazenda, mas já havia
sido confirmada pelo vice-governador José Paulo Cairoli. O motivo da
decisão, conforme o governo, são as quedas no orçamento nos últimos
meses.
A última vez que os servidores tiveram os salários parcelados foi em 2007, durante o governo de Yeda Crusius.
Ao explicar os motivos que levaram o governo a parcelar os salários, o
secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, afirmou que a crise
financeira pode se agravar ainda mais nos próximos meses.
Em Rio Grande, boneco com farda policial foi pendurado em viaduto |
Paralisações programadas
Os servidores estaduais, policiais e também outros setores, programaram
uma paralisação das atividades para segunda-feira (03.ago.2015).
Na segurança pública, reuniões com associações de servidores da Brigada
Militar e Corpo de Bombeiros, e também da Polícia Civil, decidiram que
irão paralisar as atividades durante 24 horas, justamente em protesto
contra o parcelamento de salários. A orientação é que somente casos de
emergência sejam atendidos. Não deverá haver policiamento ostensivo. As
associações sugerem aos servidores que permaneçam em quartéis e
delegacias.
Na educação, os professores da rede estadual aprovaram a paralisação. A
orientação da categoria é para que os pais não levem os filhos para as
escolas estaduais.
Na área da saúde, que é municipalizada, a paralisação de servidores
estaduais não deve ter impacto significativo sobre postos e hospitais.
Mesmo assim, os funcionários estaduais da área de saúde foram orientados
a cruzar os braços, diz a Federação Sindical dos Servidores Públicos no
Estado (Fessergs).
Faixa foi pendurada, e pneus foram queimados em estrada de Santiago |
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