O governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin (PSDB), publicou decreto que zera as alíquotas de ICMS do arroz e
do feijão, que compõem a cesta básica — enviou à Assembleia
Legislativa uma proposta para reduzir o imposto cobrado da areia, de 12%
para 8%, e a alíquota incidente sobre medicamentos genéricos de 18%
para 12% — Alckmin também enviou à Assembleia Legislativa o projeto de
lei que eleva de 18% para 23% o ICMS da cerveja e de 25% para 30% o do
cigarro. Fora isso, propõe adicional de 2% na bebida alcoólica e no
derivado do tabaco para financiar um Fundo de Pobreza — os decretos que
zeram as alíquotas não precisam ser apreciados em plenário, entram em
vigor no início de 2016, mas a modificação na alíquota dos outros itens
depende da aprovação dos deputados estaduais
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) |
São Paulo — O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), quer
aumentar o imposto cobrado de cerveja e cigarro, ao mesmo tempo que
isentou dois produtos da dieta básica do brasileiro: o arroz e o feijão.
A redução do ICMS dos dois alimentos já está publicada e entrará em
vigor em 2016, mas a elevação do tributo sobre a bebida alcoólica e o
derivado do tabaco depende de aprovação dos deputados estaduais.
Alckmin enviou nesta quarta-feira, 28.out.2015, à Assembleia Legislativa
projeto de lei que eleva de 18% para 23% o ICMS da cerveja e de 25%
para 30% o do cigarro. Fora isso, os dois produtos terão cobrança
adicional de 2%, para financiar um Fundo de Pobreza, também a ser criado
pelos deputados estaduais, segundo o líder do governo, Cauê Macris
(PSDB). "Este fundo será destinado a áreas sujeitas a vulnerabilidade e a
expectativa é que a arrecadação anual seja da ordem de R$ 1 bilhão",
afirmou o deputado tucano.
Além do projeto que eleva o ICMS da cerveja e do cigarro e do que cria o
Fundo de Pobreza, Alckmin enviou uma proposta para reduzir o imposto
cobrado da areia, muito utilizada na construção civil, de 12% para 8%, e
reduzindo a alíquota incidente sobre medicamentos genéricos de 18% para
12%. Além dos projetos de lei, Alckmin publicou o decreto que zera as
alíquotas de ICMS do arroz e do feijão, que compõem a cesta básica —
antes, o governo paulista cobrava 7% de imposto sobre esses dois
alimentos.
Como os decretos que zeram essas alíquotas não precisam ser apreciados
em plenário, eles entram em vigor no início do ano que vem. Com relação
aos projetos de lei, a expectativa do líder do governo é que eles sejam
votados até dezembro, para entrar em vigor já no ano fiscal de 2016. A
gestão Alckmin tem ampla maioria na Assembleia e a avaliação é que as
alterações nas alíquotas de ICMS e a criação do Fundo de Pobreza sejam
aprovadas.
Outro projeto encaminhado nesta quarta-feira, 28.out.2015, pelo governo
paulista é o que permite o parcelamento ou a isenção dos juros das
pessoas que possuem dívidas com o Estado. Para Cauê Macris, as medidas
fazem parte de um ajuste fiscal do governo paulista que procura poupar a
população de menor poder aquisitivo, ao zerar as alíquotas do feijão e
do arroz e destinar parte da arrecadação do imposto incidente sobre
cerveja e cigarro para um fundo com foco em áreas de vulnerabilidade e
projetos sociais. "Além disso, a inflação tenderá a cair (com o menor
ICMS dos produtos básicos da cesta básica)", disse o tucano.
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