sexta-feira, 16 de outubro de 2015


Deslocamentos para realização das atividades rotineiras — metade dos que utilizam prioritariamente o transporte público passam mais de uma hora se deslocando

Os brasileiros estão passando cada vez mais tempo no trânsito. Pesquisa do IBOPE Inteligência para a Confederação Nacional da Indústria (CNI)  mostra que, em 2011, ano da primeira pesquisa, 26% da população passavam mais de uma hora no trânsito em seus deslocamentos para as atividades rotineiras, como ir para o trabalho ou para a escola. O percentual salta para 31% na pesquisa de setembro de 2014. Nas cidades com mais de 100 mil habitantes, o número de pessoas que perdem pelo menos uma hora de seus dias no trânsito é ainda maior — 39% levam mais de uma hora nos seus deslocamentos rotineiros.
As pessoas que andam de ônibus são as que passam mais tempo em seus deslocamentos diários. Metade dos que utilizam prioritariamente o transporte público passam mais de uma hora se deslocando. O percentual cai para 42% no caso dos que usam ônibus/vans fretados, 24% para os que usam o carro próprio, 19% para quem anda de bicicleta, 18% para os que utilizam mais a moto e 14% para quem vai a pé. 
São dois os meios de locomoção principais no cotidiano dos brasileiros: o ônibus (transporte público) e o deslocamento a pé — Um total de 24% dos entrevistados utilizam o ônibus (transporte público) e 22% vão a pé. Em seguida, aparecem os veículos próprios (19%), as motocicletas (10%), ônibus/vans fretados (9%) e as bicicletas (7%).
A escolha do meio de transporte varia de acordo com a renda. Quase metade (48%) das pessoas da faixa de renda mais elevada — mais de cinco salários mínimos — utiliza os veículos próprios para se locomover. No outro extremo, estão os que recebem até um salário mínimo — apenas 3% utilizam o carro como o principal meio de locomoção. A parcela da renda mais baixa se desloca mais a pé (39%). Deles, 20% utilizam os ônibus.


Avaliação
Aumenta a quantidade de brasileiros que consideram o transporte público ruim ou péssimo. Em 2011, eram 28% do total e em 2014 passam para 36%. Mais da metade dos moradores das regiões Norte e Centro-Oeste (51%) classificam como ruim ou péssimo. Em seguida, aparecem as regiões Sudeste (36%), Nordeste (34%) e Sul (28%). A piora na avaliação ocorre principalmente no Sudeste, o número dos que consideram o transporte público como bom ou ótimo cai de 41% para 21%.
De acordo com os entrevistados, os problemas de capilaridade e frequência são os que mais impedem uma utilização mais frequente do transporte público — 26% apontam como principal motivo. Em seguida mencionam a lentidão/atrasos (24%), o preço (10%) e desconforto — lotado, sujo, velho, cheira mal, faz muito barulho — (8%).

Sobre a pesquisa
A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 8 de setembro de 2014, com 2.002 pessoas de 16 anos ou mais, em 144 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.


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