Contra impeachment, governo quer liberar investimentos
à base aliada
à base aliada
O governo quer esquecer o ajuste fiscal e liberar investimentos, emendas
e acelerar a nomeação de cargos para tentar fidelizar a base de apoio
na Câmara e impedir o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
PSD, PTB, PR, PDT e PP, legendas rebeldes, comandam, juntas, um
orçamento de R$ 49,4 bilhões em seus ministérios. Somadas, as
respectivas bancadas totalizam 160 deputados.
A conta é fria: o apoio de cada deputado destes partidos significa um
desembolso de R$ 308,7 milhões por parlamentar. Essa conta não inclui,
obviamente, o PT e PCdoB, legendas fechadas contra o afastamento da
Presidenta.
O governo precisa, de fato, abrir o cofre.
No plenário da Câmara, para barrar o processo de impeachment, o Planalto
e seus articuladores calculam contar com 150 votos cristalizados. São
necessários, ao menos, 171, para impedir o afastamento precoce de Dilma.
A estimativa é de que haja uma margem de 50 a 60 deputados ainda
indecisos, maleáveis a possíveis argumentos.
Uso das reservas internacionais — o PT defende a apropriação de 1/3 dos
U$$ 372 bilhões que o Brasil tem em moeda forte (reservas cambiais). O
partido quer injetar na economia cerca de US$ 120 bilhões para turbinar
“obras de infraestrutura, saneamento, habitação, renovação energética e
mobilidade urbana”. A redação está num documento do partido divulgado no fim de fevereiro.
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