3 de março — Dia Nacional de Combate ao Contrabando
O Brasil tem quase 17 mil quilômetros de fronteiras. E 70% do
contrabando entram por Mato Grosso do Sul e Paraná. De acordo com a
Receita Federal, a maior parte das apreensões é de cigarros. Depois,
carros, videogames, roupas e eletroeletrônicos. Produtos como óculos de
sol, calçados, brinquedos, peças, armas e munição, medicamentos e
bebidas somam 33,9%.
Toda vez que um produto clandestino entra no nosso território, sem pagar
impostos, é o Brasil que perde. Somente em 2015, o contrabando aumentou
15% e gerou um prejuízo para a economia do país de R$ 115 bilhões.
Quem produz de acordo com a lei, pagando os impostos, reclama da concorrência desleal e cobra do governo.
“Não estamos cuidando adequadamente de um fenômeno de impacto nos
empregos, na atividade industrial do Brasil, porque todos os setores são
afetados. Eu diria que falta fazer tudo, em todos os níveis de
governo”, diz Evandro Guimarães, presidente do ETCO.
O Ministério da Justiça diz que melhorou a estrutura das polícias
federal e rodoviária nas fronteiras. E que realiza operações especiais
em Mato Grosso do Sul e no Paraná.
O Dia Nacional de Combate ao Contrabando — 3 de março — teve atos de protesto, com a cobrança de mais ação do governo.
Em Brasília, debaixo de chuva, os manifestantes caminharam pela Esplanada dos Ministérios em direção à Praça dos Três Poderes.
O grupo se concentrou em frente ao Palácio do Planalto. Houve protesto
também em São Paulo, em frente ao Palácio dos Bandeirantes. A Associação
Brasileira de Combate à Falsificação destruiu pacotes de cigarros
contrabandeados.
Em Foz do Iguaçu, no Paraná, onde no ano passado as apreensões chegaram a
mais de R$ 350 milhões, mercadorias contrabandeadas foram destruídas no
pátio da Receita Federal.
Os depósitos de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, estão lotados de apreensões. Só em cigarros, são mais de R$ 20 milhões.
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