sábado, 21 de junho de 2014


COPA 2014
Felipão pode mudar peças, mas escolhas contra o México são sinais de que não mudará estilo de jogo.
Vigor físico, marcação agressiva e velocidade com a posse de bola consagraram o Brasil na Copa das Confederações.

Luiz  Felipe  Scolari

Foi a primeira vez, dirigindo a seleção em uma Copa, que Luiz Felipe Scolari não saiu vencedor, mas é pouco provável que o tropeço contra o México, na terça-feira, o faça mudar o estilo do time consagrado na Copa das Confederações: vigor físico, marcação agressiva e velocidade com a posse de bola. Um time sem muita cadência e troca de passes no meio-campo. Na segunda-feira, às 17h, a seleção brasileira enfrenta o já eliminado Camarões, na última rodada do grupo A da Copa, em Brasília.

É claro que há variados caminhos para a vitória, não existe estratégia perfeita, e, por isso mesmo, é importante ter alternativas. As escolhas de Felipão contra o México mostraram um treinador disposto a insistir no estilo que deu certo em 2013. O titular Hulk é um símbolo desse estilo: vigor físico para marcar pelos lados do campo e objetividade no ataque, quase sempre tentando o chute a gol.

Com sua ausência, Felipão optou por Ramires, outro com muita força para marcar e velocidade, mais afeito às arrancadas que ao toque de bola. Em boa parte do jogo, o México dominou as ações no meio-campo, e a sensação era de que o Brasil precisava recuperar a posse de bola no setor. Quando mexeu, Felipão optou por aprofundar as características do time, apostando na velocidade de Bernard e depois no porte físico de Jô. Foram preteridas opções que dariam mais toque de bola no meio, jogadores com características de armação, como Willian, que só entrou aos 38 do segundo tempo.

Apesar do empate sem gols com o México, a seleção brasileira segue na liderança do grupo A, com quatro pontos em dois jogos. Na segunda-feira, também às 17h, na Arena Pernambuco, o vice-líder México (quatro pontos) enfrenta a Croácia, que tem três. Brasileiros e mexicanos precisam do empate para avançar, enquanto aos croatas não resta outra saída, a não ser a vitória.

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