COPA 2014
Felipão pode mudar peças, mas escolhas contra o México são sinais de que não mudará estilo de jogo.
Vigor físico, marcação agressiva e velocidade com a posse de bola consagraram o Brasil na Copa das Confederações.
Luiz Felipe Scolari |
Foi a primeira vez, dirigindo a seleção em uma Copa, que Luiz Felipe
Scolari não saiu vencedor, mas é pouco provável que o tropeço contra
o México, na terça-feira, o faça mudar o estilo do time consagrado
na Copa das Confederações: vigor físico, marcação agressiva e
velocidade com a posse de bola. Um time sem muita cadência e troca
de passes no meio-campo. Na segunda-feira, às 17h, a seleção
brasileira enfrenta o já eliminado Camarões, na última rodada do
grupo A da Copa, em Brasília.
É claro que há variados caminhos para a vitória, não existe
estratégia perfeita, e, por isso mesmo, é importante ter
alternativas. As escolhas de Felipão contra o México mostraram um
treinador disposto a insistir no estilo que deu certo em 2013. O
titular Hulk é um símbolo desse estilo: vigor físico para marcar
pelos lados do campo e objetividade no ataque, quase sempre tentando
o chute a gol.
Com sua ausência, Felipão optou por Ramires, outro com muita força
para marcar e velocidade, mais afeito às arrancadas que ao toque de
bola. Em boa parte do jogo, o México dominou as ações no meio-campo,
e a sensação era de que o Brasil precisava recuperar a posse de bola
no setor. Quando mexeu, Felipão optou por aprofundar as
características do time, apostando na velocidade de Bernard e depois
no porte físico de Jô. Foram preteridas opções que dariam mais toque
de bola no meio, jogadores com características de armação, como
Willian, que só entrou aos 38 do segundo tempo.
Apesar do empate sem gols com o México, a seleção brasileira segue
na liderança do grupo A, com quatro pontos em dois jogos. Na
segunda-feira, também às 17h, na Arena Pernambuco, o vice-líder
México (quatro pontos) enfrenta a Croácia, que tem três. Brasileiros
e mexicanos precisam do empate para avançar, enquanto aos croatas
não resta outra saída, a não ser a vitória.
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