MTST ameaça fazer uma ocupação
por semana
Pelo menos 800 famílias sem-teto ocupam área particular em São Paulo. |
Pelo menos 800 famílias sem-teto ocuparam no sábado, 21 de junho, um
terreno particular no Morumbi, bairro nobre de São Paulo, informaram
os organizadores do acampamento.
A ocupação começou na madrugada e até o momento foram montados 600 barracos de lona e bambu, segundo os cálculos do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).
O MTST denunciou em seu site que o terreno está localizado em uma das regiões de São Paulo "onde a especulação imobiliária se expande como uma epidemia, tendo efeitos perversos como o aumento desenfreado e abusivo dos aluguéis".
"Isto leva à expulsão de famílias inteiras para outros bairros com menos estrutura", alertou o movimento, que alertou que a "desigualdade no bairro é explícita".
Mais de 1.500 famílias ocuparam em maio um terreno privado a cerca de quatro quilômetros do estádio Arena Corinthians.
Guilherme Boulos, um dos coordenadores nacionais do MTST, disse que os sem-teto permanecerão nos acampamentos até o governo estadual oferecer soluções de habitação digna.
Nos últimos meses o MTST organizou diversas manifestações na capital paulista que reuniram milhares de pessoas, mas dias antes do início da Copa o movimento anunciou protestos "menos intensos" depois de o governo aceitar algumas reivindicações.
Os sem-teto, no entanto, ameaçaram com mais mobilizações, como a protagonizada na sexta-feira, 20 de junho, por três mil integrantes que saíram às ruas de São Paulo para pedir a aprovação definitiva do Plano Diretor Municipal, que estabelece os parâmetros para o crescimento da cidade nos próximos anos.
Plano Diretor
"A cada semana de atraso na votação do Plano Diretor, uma nova ocupação nascerá na cidade", afirmou o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em nota enviada à imprensa na tarde de domingo, 22 de junho. Na madrugada de sexta-feira, 20, o movimento invadiu um terreno particular no Morumbi, na zona sul da cidade, como forma de protesto contra a demora da votação do projeto que reordena o crescimento de São Paulo pelos próximos 16 anos. Em menos de 12 horas, cerca de 800 barracos foram erguidos na área que pertence a construtora Even na Rua Doutor Luís Migliano.
Segundo José Afonso, da Secretaria Nacional do MTST, as ocupações não são apenas uma forma de pressão, mas também uma necessidade. "O movimento cumpriu a sua parte, falta o governo cumprir a dele. Há vários terrenos na cidade simplesmente reservados para especulação imobiliária, sem interesse nenhum para construir", disse Afonso.
O aviso de que uma ocupação "nascerá" a cada semana também foi publicado na página do movimento no Facebook:
A ocupação começou na madrugada e até o momento foram montados 600 barracos de lona e bambu, segundo os cálculos do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).
O MTST denunciou em seu site que o terreno está localizado em uma das regiões de São Paulo "onde a especulação imobiliária se expande como uma epidemia, tendo efeitos perversos como o aumento desenfreado e abusivo dos aluguéis".
"Isto leva à expulsão de famílias inteiras para outros bairros com menos estrutura", alertou o movimento, que alertou que a "desigualdade no bairro é explícita".
Mais de 1.500 famílias ocuparam em maio um terreno privado a cerca de quatro quilômetros do estádio Arena Corinthians.
Guilherme Boulos, um dos coordenadores nacionais do MTST, disse que os sem-teto permanecerão nos acampamentos até o governo estadual oferecer soluções de habitação digna.
Nos últimos meses o MTST organizou diversas manifestações na capital paulista que reuniram milhares de pessoas, mas dias antes do início da Copa o movimento anunciou protestos "menos intensos" depois de o governo aceitar algumas reivindicações.
Os sem-teto, no entanto, ameaçaram com mais mobilizações, como a protagonizada na sexta-feira, 20 de junho, por três mil integrantes que saíram às ruas de São Paulo para pedir a aprovação definitiva do Plano Diretor Municipal, que estabelece os parâmetros para o crescimento da cidade nos próximos anos.
Plano Diretor
"A cada semana de atraso na votação do Plano Diretor, uma nova ocupação nascerá na cidade", afirmou o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em nota enviada à imprensa na tarde de domingo, 22 de junho. Na madrugada de sexta-feira, 20, o movimento invadiu um terreno particular no Morumbi, na zona sul da cidade, como forma de protesto contra a demora da votação do projeto que reordena o crescimento de São Paulo pelos próximos 16 anos. Em menos de 12 horas, cerca de 800 barracos foram erguidos na área que pertence a construtora Even na Rua Doutor Luís Migliano.
Segundo José Afonso, da Secretaria Nacional do MTST, as ocupações não são apenas uma forma de pressão, mas também uma necessidade. "O movimento cumpriu a sua parte, falta o governo cumprir a dele. Há vários terrenos na cidade simplesmente reservados para especulação imobiliária, sem interesse nenhum para construir", disse Afonso.
O aviso de que uma ocupação "nascerá" a cada semana também foi publicado na página do movimento no Facebook:
"Recado do MTST aos Vereadores de São Paulo: a cada semana de atraso na votação do Plano Diretor, uma nova ocupação nascerá na cidade. Ontem foi no Morumbi... A luta é pra valer!”.A construtora Even, dona do terreno ocupado neste final de semana, afirmou, por meio de nota, que ficou indignada com a invasão e que tomará as medidas legais necessárias para a reintegração de posse da área.
A empresa disse ainda que a construção de um empreendimento no terreno depende da aprovação do projeto por parte da Prefeitura. "O terreno é propriedade privada, adquirido há quase 3 anos, e o projeto para a construção de um empreendimento residencial foi protocolado na Prefeitura de São Paulo imediatamente após sua aquisição.O lançamento será feito após sua aprovação", diz a nota.
Segundo a Prefeitura, a aprovação de um projeto de construção depende do atendimento das legislações municipais pelo interessado. A Secretaria Municipal de Licenciamento afirmou, entretanto, que vai levantar o andamento da documentação do empreendimento em questão.
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