Britânicos têm prejuízo em compra fraudulenta de terras no Brasil
Investidores eram informados que lotes eram perto de Fortaleza e se valorizariam com Copa e Olimpíada |
Centenas de investidores britânicos que perderam milhões de libras em um
suposto esquema fraudulento de compra de terras no Brasil devem
recorrer à Justiça inglesa para recuperar o dinheiro. Britânicos foram
atraídos por uma empresa com sede em Londres pela perspectiva de que as
terras se valorizariam com a realização da Copa do Mundo e das
Olimpíadas, em 2016. Os negócios foram fechados nos últimos três anos.
Em centenas de casos, investidores pagaram £10 mil (R$ 38 mil) por lotes
perto da cidade de Fortaleza, uma das sedes da Copa. Mas, no ano
passado, a empresa Pantheon Realty Consultants, responsável pela venda
das áreas, foi liquidada por autoridades britânicas.
A Pantheon Realty Consultants era membro de uma associação britânica
cujo objetivo é educar e informar as pessoas em como comprar terras em
outros países de maneira segura, e tinha sede no prédio conhecido como
Gherkin, um dos símbolos do distrito financeiro de Londres.
Os nomes que eram apresentados como diretores da Pantheon eram
refugiados afegãos e, segundo fontes oficiais, desconheciam o que
ocorria na empresa.
A controladora da Pantheon, o PR Group, tem sede em São Vicente e
Granadinas, o que torna difícil a identificação dos reais diretores por
autoridades britânicas.
Outra empresa, a Green Planet Investments Ltd, também usou o edifício
Gherkin para dar um ar de credibilidade. A empresa também foi fechada no
final do ano passado.
Nos dois casos, cerca de 600 investidores foram envolvidos, em transações que chegaram a £19 milhões (cerca de R$ 72 milhões).
As vítimas recorreram a um advogado especializado na recuperação de
investimentos em esquemas como este. No entanto, Chris Corney acredita
que as chances são pequenas neste caso.
"Se você conseguir agir cedo... chegar ao dinheiro enquanto ele ainda
está nas contas, talvez você tenha uma chance de recuperar alguma coisa.
Não é absolutamente impossível, mesmo nos casos mais extremos", disse
ele.
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