Brasil cai em ranking global de
países seguros
O Índice Global da Paz divulgou recentemente levantamento sobre os
países mais seguros do mundo em 2014. O Brasil caiu cinco posições no
ranking em relação ao ano passado e ocupa a 91ª posição entre os 162
países analisados. Composto por 22 indicadores qualitativos e
quantitativos, que mesclam o impacto da violência na economia, índices
de democracia, transparência, educação e bem-estar material, além do
nível de militarização e atividades criminosas ou terroristas, a
organização constatou que a Islândia segue como o país mais seguro para
se morar. A Síria ocupa a última posição.
A economia brasileira, revela o estudo, sofreu um impacto de U$ 117
bilhões de dólares causado pela violência. No tópico homicídio, o país
atingiu a nota máxima. Para o especialista em segurança pública Bene
Barbosa, presidente do Movimento Viva Brasil, o fato do país estar tão
mal posicionado é alarmante. “O Brasil sempre foi tido como um país
pacífico, mas as fracassadas políticas de diminuição da violência nos
colocam em posição similar a de países em conflito ou com guerras
civis”, afirma.
Bene sentencia que o futuro também não é animador. “Não existe nenhuma
proposta concreta no governo atual, nem nas propostas dos atuais
pré-candidatos”, assevera. A solução para o problema, sugere Bene, não é
a simples restrição da posse de armas que pune o cidadão de bem e
privilegia o criminoso, que dispõe de amplo arsenal adquirido de maneira
ilícita. “O Estado Brasileiro precisa formular uma política de
segurança pública eficiente, determinada a propiciar às famílias a
tranquilidade que elas merecem .”
A Islândia, considerada pelo Índice Global da Paz como o país mais
seguro para se morar, possui uma população altamente armada. A página de
internet GunPolicy.org estima que haja aproximadamente 90 mil armas no
país – cuja população é de cerca de 300 mil pessoas. Isso faz com que a
Islândia figure na 15ª posição no ranking mundial de posse legal de
armas de fogo per capita. Já o Brasil, instituiu em 2003 o Estatuto do
Desarmamento, que mantém regras rígidas e burocráticas para o porte e
posse de armas, e também promove constantes campanhas de desarmamento,
em que mais de 600 mil armas de fogo foram entregues voluntariamente.
Entretanto, as restrições e a redução no comércio de armas de fogo
legais no país ao longo dos últimos anos não foi capaz de reduzir a
criminalidade uma vez que seu número aumentou neste mesmo período.
De acordo com o Mapa da Violência, em 30 anos, as mortes por armas de
fogo no Brasil aumentaram 346%, sendo o sexto país mais violento do
mundo com uma taxa de 26 homicídios em 100 mil habitantes. Não é a toa
que é considerado um dos países menos seguros do mundo.
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