STF libera José Dirceu
Sessão plenária do Supremo Tribunal Federal |
Os ministros do Supremo Tribunal Federal decidiram autorizar o
ex-ministro da Casa Civil e ex-presidente do PT José Dirceu, deputado
federal cassado por corrupção, a trabalhar no escritório do advogado
José Gerardo Grossi, em Brasília. Preso no complexo penitenciário da
Papuda, José Dirceu vai receber R$ 2,1 mil mensais pelo emprego. Antigo
relator do processo do Mensalão, o presidente do STF, Joaquim Barbosa,
havia proibido José Dirceu de dar expediente no escritório. Na sessão de
quarta-feira, 26 de junho, os ministros do Supremo aceitaram o recurso
do petista José Dirceu e afirmaram que para garantir o direito ao
trabalho externo, o preso no regime semiaberto não precisa cumprir pelo
menos um sexto da pena. Barbosa havia dito que somente pode trabalhar
fora do presídio o condenado que cumpriu ao menos um sexto da pena. É o
que está no texto da lei. A menos de uma semana de sua aposentadoria, o
presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, não
apareceu na sessão plenária de quarta-feira (25). Joaquim Barbosa se
declarou suspeito de julgar os últimos recursos movidos pelos advogados
de defesa de condenados por envolvimento no Mensalão do PT. O ministro
se afastou da relatoria do Mensalão do PT depois que o advogado Luiz
Fernando Pacheco, que defende o ex-deputado e petista José Genoino,
subiu à tribuna no início do mês para pedir pressa no julgamento dos
casos. Na próxima terça-feira, 01 de julho, Joaquim Barbosa deve
presidir a última sessão do semestre do Supremo. Em seguida, deve
renunciar à presidência e se aposentar. O vice-presidente do tribunal,
Ricardo Lewandowski, assumirá o comando da Corte a partir de então.
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