Homossexuais da Bolívia publicam
2ª edição do "Dicionário Maricas"
Lançado inicialmente em 2012 com 13 termos, o "Dicionário Maricas",
elaborado por homossexuais da Bolívia, ganhou uma segunda edição.
Com o objetivo de trazer uma "radiografia poética e com crítica ácida"
dos estereótipos e estigmas, o material reúne 25 termos populares
frequentemente usados para chamar ou insultar os gays, e foi mostrado na
Universidade de La Paz, junto com uma encenação denominada "La piel que
habito".
Um dos autores da obra e integrante do movimento 'Maricas Bolívia',
Roberto Condori, explicou que a apresentação personificava a "segunda
pele" dos homossexuais, "essa pele humilhada, machucada com todos os
insultos que ouvem".
Sob esse conceito, o ativista indicou que essa pele, que tem "várias
cicatrizes", se transforma no dicionário, em que é proposta uma
redefinição dos termos pejorativos usados para os gays na Bolívia.
Conforme explicou o autor, não se trata de um dicionário convencional,
mas sim um trabalho que pretende mostrar para a sociedade o desprezo que
as pessoas costumam expressar com essa população.
"Reivindicamos a palavra 'maricón', por exemplo, para que em um futuro
doa menos e para que quando um homofóbico nos diga isso já não seja mais
humilhante", disse Condori.
A nova obra descreve "maricón" como "o homossexual infrator que transita
na vida infringindo as normas sociais". Além disso, define "maricón"
como o "questionado por sua forma de dar amor ao mundo".
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