Exportações gaúchas despencam 8,7%
de janeiro a maio
As exportações gaúchas dependem cada vez mais de plataformas de petróleo
produzidas em Rio Grande e vendidas de mentirinha para o exterior, como
também dos produtos agrícolas e pecuários. A indústria exporta cada vez
menos, até porque produz cada vez menos. Governo e Fiergs nada falam
sobre as más notícias, nem mesmo em anúncios de páginas inteiras nos
jornais, que ressaltam êxitos pontuais e escondem o principal.
A Fundação de Economia e Estatística (FEE) confirmou nas suas
publicações na Internet que as exportações gaúchas no balanço de janeiro
a maio de 2014 recuaram 8,7% nos primeiros cinco meses do ano. Do
setor primário, puxado por commodities, como soja, à indústria de
transformação, a FEE mostrou que a receita do setor externo teve recuo. A
queda representa mais que o dobro em pontos percentuais da redução
média verificada no fluxo externo do País, que caiu 3,5%.
O valor total faturado pelas empresas gaúchas somou US$ 6,9 bilhões,
frente US$ 7,5 bilhões dos cinco primeiros meses de 2013. O Brasil somou
US$ 90,1 bilhões nos cinco primeiros meses. Em maio, a perda chegou a
13,3%, alcançando US$ 2 bilhões. O volume, que despencou 22,4%, foi o
sintoma mais evidente do período de baixa.
O desempenho do volume foi o pior entre os maiores estados exportadores
Segundo os analistas da FEE, a variável calculada já reflete parte do
impacto negativo previsto com a projetada ausência de plataformas de
petróleo na conta externa deste ano. Em 2013, três plataformas
encomendadas pela Petrobras e montadas no polo naval de Rio Grande
representaram 25% da receita em dólares.
A projeção dos técnicos da FEE é que o maior fluxo de embarques de soja
até o fechamento do primeiro semestre possa amenizar a temporada
frustrada nas divisas.
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