quarta-feira, 25 de junho de 2014


Hospital gaúcho restringe atendimento de pacientes

Flagrante de superlotação feito por câmeras da Presidência da República instaladas dentro da emergência do Hospital Conceição, em Porto Alegre, fez a direção do GHC restringir o atendimento das urgências em ginecologia. A medida, adotada desde a semana passada, buscou diminuir o fluxo de pacientes com diversas complicações (não só ginecológicas) que ficam em corredores e até em escadas, no acesso aos andares, à espera de vagas para internação. A superlotação está ligada à redução histórica de leitos de internação do SUS em Porto Alegre e no Estado. “A assessoria da presidente acompanha de Brasília, por câmeras colocadas dentro de 12 hospitais no País, um deles o Conceição, como está a saúde pública. Em vez de agir e melhorar os cuidados, o governo elimina o problema impedindo que pacientes sejam atendidas em um hospital mais perto de suas casas”, criticou a vice-presidente do SIMERS, Maria Rita de Assis Brasil. A vice-presidente destaca que os gestores do GHC promovem a diminuição da capacidade do serviço em ginecologia desde os anos 2000. Nesse período, o volume de casos era de 120 ao dia.

Na terça-feira da semana passada, cartaz na porta de entrada do hospital, avisava que não teria “mais atendimento de emergência ginecológica”, mas no dia seguinte o aviso foi removido. 


O SIMERS apurou que o atendimento na emergência ginecológica do Conceição despencou de 60 para 20 casos por dia.
O hospital especializado em gineco-obstetrícia registrava até o fim de semana passado  o dobro da demanda. Profissionais do serviço definem como de “caos” e “tensão” devido à sobrecarga e demora que aumenta para quem busca atendimento. Não houve ampliação das equipes nos plantões e há maior ocupação de leitos pela transferência de pacientes do próprio Conceição, tanto para leitos normais como para UTI.
O Sindicato disse que o governo teme a repercussão negativa da superlotação durante a Copa do Mundo
O impacto para desafogar o setor está nos números - no dia 17 de junho havia 103 pessoas aguardando leitos, número que caiu para menos de 80 no dia 20 de junho. A emergência tem capacidade para 49 leitos. A superlotação é efeito da redução de leitos hospitalares no SUS nos últimos 20 anos, que ultrapassa 30% no Estado.

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