Uma "quase" tragédia na abertura da Copa
Uma falha gravíssima na segurança
durante a abertura da Copa 2014.
Por muito pouco, um atirador de elite
não abateu seu colega policial.
Atirador pediu aval para 'abater' o suspeito.
Atirador pediu aval para 'abater' o suspeito.
Uma falha no esquema de segurança quase terminou em morte dentro do
estádio do Itaquerão, em São Paulo, durante o jogo de abertura da Copa
entre Brasil e Croácia, no último dia 12, visto por mais de 3 bilhões de
pessoas em todo o mundo.
Com a bola rolando, um atirador de elite avistou um homem armado próximo
à tribuna onde estavam a presidente Dilma Rousseff, chefes de Estado e
autoridades da Fifa, e chegou a pedir a autorização de seus superiores
para abater o suspeito.
O disparo foi evitado após o homem ter sido reconhecido como um
policial, mas o episódio abriu uma crise entre as polícias Civil e
Militar, que apresentaram versões diferentes para explicar a presença do
agente no local.
Confirmado pela Secretaria da Segurança Pública paulista, o caso é
investigado e resultou num reforço dos protocolos de segurança para os
jogos seguintes.
A suspeita foi levantada por um sniper (atirador) do GER (Grupo Especial
de Resgate) da Polícia Civil. Ele avistou um homem com um uniforme do
Gate (Grupo de Ações Táticas), da Polícia Militar, numa área de acesso
proibido.
Além de Dilma Rousseff, estavam lá o vice-presidente, Michel Temer, o
presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o secretário-geral das Nações
Unidas, Ban Ki-moon, entre outras autoridades.
TENSÃO
Via rádio, o sniper avisou a seus superiores sobre o suposto intruso. A
informação chegou à sala de comando, montada dentro do estádio, de onde
veio a resposta de que não havia nenhum PM do Gate na área restrita.
Diante da suspeita de que se tratasse de um criminoso disfarçado de
policial, o sniper pediu autorização para fazer o disparo fatal. Temendo
causar pânico e tumulto entre torcedores e autoridades, a ordem foi
para que o atirador esperasse mais um pouco.
A tensão tomou conta da sala de monitoramento, onde estavam policiais
civis, militares e integrantes do Exército, responsável pelo comando das
operações no estádio.
Alguns minutos depois, um policial, cuja identidade não foi revelada,
analisou as imagens na sala de monitoramento e reconheceu o suspeito
como sendo, de fato, um policial do Gate.
O PM que era tratado como suspeito retirou-se do local, provavelmente após receber uma ordem.
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