Ex-amante de Omar Mateen diz que massacre foi vingança
“Miguel”, com máscara de disfarce, em entrevista à Univisión |
Um hispânico que afirma ter sido amante de Omar Mateen garante que o
autor do massacre na boate gay em Orlando, que deixou 49 mortos e 53
feridos no dia 26, agiu por vingança contra os porto-riquenhos, e não
por terrorismo. Falando em espanhol, usando um disfarce e o pseudônimo
“Miguel”, o homem deu uma entrevista ao canal latino Univisión, baseado
na Flórida. O FBI confirmou que já o ouviu.
De acordo com o homem, que diz ter sido “amigo com benefícios” de Mateen
durante dois meses, ele lhe contou que havia mantido relações sexuais
com dois porto-riquenhos ao mesmo tempo sem usar preservativos, e que um
deles lhe confessou logo depois que era portador do vírus da aids.
Mateen teria conhecido os dois na boate Pulse, cenário do massacre. Além
disso, segundo “Miguel”, Mateen, que era “muito doce”, sentia-se
“usado” pelos latinos com os quais se relacionava na boate Pulse. “Ele
odiava os gays porto-riquenhos por todas essas coisas ruins que lhe
fizeram.”
“Miguel” contou ter conhecido Mateen no site de relacionamentos Grindr, e
que seu primeiro encontro foi no bar Parliament. Depois disso,
mantiveram encontros entre 15 e 20 vezes no Hotel Ambassador, em Orlando
(Flórida).
Uma recepcionista do hotel confirmou à Univisión que o rosto de Mateen
lhe era familiar e que “Miguel” se hospedou durante 63 dias no
Ambassador, entre outubro e dezembro de 2015.
O entrevistado acredita que a segunda mulher de Mateen, Salman, sabia
que ele era “100% gay”, e o casal mantinha um relacionamento de fachada.
Salman levou Mateen à boate Pulse na noite do massacre. Depois de abrir
fogo dentro da boate e antes de ser morto pela polícia, Mateen
perguntou para Salman sobre a repercussão do atentado. Ela lhe escreveu:
“Eu te amo”.
Sobre o islamismo, Mateen o teria descrito como “uma religião linda, em
que todos são bem-vindos: gays, trans, bissexuais, héteros …”
“Miguel” disse ter ficado muito surpreso ao saber do massacre, já que
Mateen era “adorável” e “doce”, e gostava de ser acariciado.
Frequentadores da boate disseram que Mateen os procurou por meio do site
de relacionamentos Jack’d, e que ele era frequentador da Pulse.
Depois do massacre, Mateen ligou para o telefone de emergências 911 e
declarou ter agido em nome do Estado Islâmico, que mais tarde
reivindicou a ação.
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